Sindicado emitiu nota de repúdio contra vereador que questionou a ausência dos sindicalistas no encontro

O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) emitiu, nesta segunda (13), nota de repúdio contra o vereador, Adair Otaviano (MDB). No texto, a entidade tenta desmoraliza-lo e o acusa de fazer “juízo de valor extremamente depreciativo e premeditadamente ofensivo com o intuito de desmobilizar os servidores municipais”.

Isso tudo porque na quinta-feira (09) Adair questionou a ausência deles na reunião ocorrida no mesmo dia para tratar do gatilho salarial. Na mesma data seria lida a Denúncia de Infração Político Administrativa contra o prefeito, Galileu Machado (MDB) com o intuito de alcançar o impeachment dele.

“Eles estavam com vontade de resolver a situação dos servidores?”, indagou e logo depois acrescentou: “o sindicato não é o servidor, são 5,5 mil servidores para meia dúzia que se diz representar”.

Ataques

Na nota, o Sintram afirmou que os ataques contra os sindicalista teve o intuito de defender o prefeito.

“Quis o vereador creditar ao Sindicato a irresponsabilidade do Executivo de confrontar a legislação, ao negar a revisão à classe”.

O sindicato ainda mencionou a revisão já recebida pelos vereadores e outras regalias como verba de gabinete.

Justificativas

O Sintram, mais uma vez, tentou justificar a ausência da reunião alegando que o convite chegou à diretoria na noite de quarta-feira (08), marcando o encontro para as 10h do dia seguinte.

“Ora, o Sindicato não discute questões do gênero sem a presença legítima da Comissão de Servidores, que ao longo dos últimos meses vem participando da batalha em defesa da revisão”.

Argumentou que “seria humanamente impossível convocar os membros da Comissão no horário noturno para que todos estivessem disponíveis as 9h do dia seguinte”.

Sem a presença dos servidores o Sintram, com aval do Sintemmd, solicitou o reagendamento do encontro para que as decisões cordadas na reunião fossem legitimadas pela Comissão representativa da classe.

Desvinculação

Adair Otaviano também acusou o Sintram de ser responsável pela desvinculação do piso salarial do salário mínimo.

“A afirmação é absurda e mostra que o vereador, apesar dos cinco mandatos legislativos e com um título de bacharel em Direito, tem total desconhecimento da legislação, que ele deveria saber na ponta da língua”, consta na nota.

Segundo o sindicato, a desvinculação seguiu decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional a utilização de índices federais para indexar a revisão anual de salários de servidores municipais e estaduais, proibindo, inclusive, a vinculação ao salário mínimo.