Ana Amélia Vieira
Imagine um mundo onde não existe o preconceito, a bondade reina e todos vivem felizes. Parece que isso não é possível, não é mesmo? Pois você está enganado. Isso é possível. Basta você querer.
Em nosso país, ainda temos muitos relatos de ações preconceituosas, acontecidas dentro de escolas, realizadas até mesmo por professores e para todos os lados que caminhamos. Que país é esse em que vivemos?
Existe um padrão de beleza estabelecido pela mídia e, pelo menos na adolescência, se você não o seguir, você não é bonito e nem popular. O problema é que a menina que é gorda é criticada, a menina que é magra é criticada. Ninguém aceita o outro do jeito que ele é. Sempre há uma pessoa inconveniente procurando um defeito na outra para poder criticar ou fazer uma piadinha maldosa.
Qual é o problema de uma pessoa estar concentrada nos estudos, querendo concluir seus estudos e ter uma profissão? Para nós, adolescentes, qual é o problema de não querer ir àquela festa em que a sala toda vai estar, ou sair no final de semana?
Essas pessoas são vistas como “caretas”. Caretas. Só porque não vão à festa do fim de semana. O ser humano, atualmente, só pensa na beleza exterior, em festas e em futilidades. Um exemplo disso são as crianças. Quando eu tinha de oito a dez anos de idade a única coisa que eu queria no Natal era uma Barbie. Hoje, crianças com essa mesma idade pedem para seus pais tablets e smartphones. O mundo está tomado pela tecnologia e está aí também, mais uma forma de preconceito. Você tem que ter o telefone lançado no ano ou estar integrado na rede social do momento. Se você não estiver, você é a atrasada, primitiva, independente da idade e maturidade.
A maior parte desse preconceito existente em nosso país é reflexo do nosso passado. Desde a colonização pelos portugueses, que escravizaram os indígenas e, mais tarde os negros africanos. Existia o preconceito por parte dos nobres quanto aos pobres e negros. Esses viviam em subúrbios, sem acesso às condições básicas para se viver. Alguma semelhança com a atualidade? Aí está o começo de tudo.
E daí se seu amigo é preto ou branco, católico ou evangélico, pobre ou rico, do Cruzeiro ou do Atlético, heterossexual ou homossexual? Julgar as pessoas a partir dessas características é uma ação horrível. Somos todos iguais. Somos todos seres humanos. Temos ideais, sonhos, objetivos. Você gostaria de ser julgado? Desprezado? Não faça com o outro aquilo que você não quer que façam com você, porque como diz Geraldo Vandré: “Somos todos iguais, braços dados ou não.”