Com capacidade para 277 detentos o presídio Floramar, em Divinópolis, está com 756. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Jornal Agora, em matéria assinada pela jornalista Gisele Souto. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não confirma a informação com alegação de preservação da tática de segurança.
Segundo a matéria, os detentos estão se revezando para dormirem. Alguns chegam a passar a noite em pé por falta de espaço. Essa seria a situação mais crítica já registrada no presídio. Apesar dos relatos comuns de superlotação, já divulgados pelo PORTAL, o número não extrapolava 600 detentos.
Em uma nota genérica, a Seds não informa nem mesmo o motivo da superlotação. Ao PORTAL ela apenas comunicou que as obras de ampliação do Floramar devem ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano, ampliando em mais 305 vagas. Mesmo assim, o número não será suficiente para atender a demanda.
A Seds também jogou a culpa da superlotação para o governo anterior. A classificou como herança. Afirmou que a meta é resolver o problema em todo o estado e ainda ressaltou que “a superlotação da unidade prisional de Divinópolis não é um caso isolado e nem mais grave do que em outras unidades de Minas Gerais”.
Vagas
Outras 4.270 vagas estão sendo disponibilizadas para o sistema prisional por meio de obras já em andamento. Já começaram as construções de oito unidades prisionais nas cidades Pirapora, Uberlândia, Pará de Minas, Iturama, Barbacena, Machado, Ubá e Lavras. Outras quatro unidades também estão tendo sua capacidade ampliada. Juntos, os presídios de Montes Claros, Alfenas, Itajubá e Pouso Alegre vão criar mais 1.128 vagas.
Para o sistema APAC, de imediato, a Seds celebrou dia 01 de dezembro cinco convênios para manutenção e custeio dos novos Centros de Reintegração Social (CRS´s), além de ter retomado outras paradas em seis municípios. Isso representará 955 vagas.
A população carcerária atual de Minas Gerais é de 67.298 e o déficit de vagas é de cerca de 26 mil.