Ela foi detida suspeita de falsificação de documento público, falsidade ideológica e exercício irregular de profissão
A Polícia Civil de Minas Gerais, por intermédio da 4ª Delegacia de Carmo do Cajuru, prendeu nesta sexta-feira (13), em Divinópolis, uma mulher, de 33 anos, por advogar sem o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ela é suspeita de ter feito pelo menos 50 vítimas.
A Polícia chegou até ela após investigações que a apontaram como suspeita dos crimes de estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e exercício irregular de profissão, praticado em detrimento de pelo menos cinco vítimas.
As investigações apontam que já há alguns anos a investigada, a qual é bacharel porém não fora aprovada no exame da OAB, se passava por advogada, tendo inclusive mantido escritórios em Carmo do Cajuru e Divinópolis, para cooptar clientes e exercer ilegalmente a profissão.
Segundo o delegado, Weslley Amaral de Castro, as investigações começaram em agosto. Como já foi estagiária do Poder Judiciário local, ela dizia às vítimas que teria facilidades para obter êxito em processos devido ao círculo de relacionamento.
No decorrer das investigações também verificou-se que a investigada falsificou um documento de prestação de serviço de eletricidade, adulterando o código de barras, de modo que ao pagá-lo os valores foram destinados a conta de outra pessoa.
Ainda segundo o delegado, a mulher teria arrecadado valor de uma vítima para pagamento de perícia técnica privada, porém esta nunca fora realizada. No final do mesmo processo, ela teria arrecadado o alvará e os valores, porém não repassou as vítimas, gerando prejuízo superior a R$20 mil.
As investigações persistirão com o objetivo de se identificar se há outras vítimas e, caso a investigada seja condenado, poderá ter uma pena de até 13 anos.
A investigada foi encaminhada ao Presídio Floramar, em Divinópolis, aonde permanecerá presa preventivamente.
Participaram das investigações o delegado, Weslley Amaral de Castro, o escrivão Rodrigo Assunção e os investigadores Alisson Barbosa e Daniel Portes, com o apoio do setor de inteligência da DRPC de Divinópoli