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O deputado estadual, Fabiano Tolentino (PPS) denunciou no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma prática do Governo do Estado e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), que vem causando graves problemas a diversos servidores públicos. Segundo reclamações recebidas pelo deputado, funcionários públicos estaduais estão recebendo cobranças dos bancos, por empréstimos cujas parcelas já foram descontadas na folha de pagamento. Algumas destas correspondências foram, inclusive, enviadas ao gabinete através de e-mail e aplicativos de mensagens.
“O Governo está descontando do funcionário público o valor do empréstimo consignado e não está repassando ao banco. Só em Divinópolis, cinco pessoas já me ligaram hoje [8/11] dizendo que seus nomes estão indo para o Serasa e SPC, porque o Governo pega o dinheiro e não repassa aos bancos”, relatou o parlamentar, que foi elogiado por alguns de seus colegas após o pronunciamento.
Esta não seria a primeira vez que o Governo pratica “pedaladas” com o dinheiro do funcionalismo. Um jornal de Belo Horizonte relatou situação idêntica, em 19/05/2016: “A maior parte dos bancos e das financeiras que oferecem linhas de crédito consignado para servidores públicos do Estado de Minas Gerais estaria suspendendo novas operações de financiamentos à categoria, por não estarem recebendo as parcelas. (…) o Estado não estaria repassando aos bancos as parcelas descontadas da folha de pagamento dos funcionários que contraíram empréstimos consignados”.
Tolentino lembra, ainda, que é prática recorrente deste governo a apropriação de valores para o custeio da máquina pública.
“Assim como o Governo procedeu com os depósitos judiciais, quando confiscou R$ 5 bilhões e hoje temos problemas com os pagamentos, agora pega o dinheiro do funcionário e não repassa às instituições bancárias”, ressalta.
O parlamentar finaliza reiterando a gravidade da situação, e conclamando os demais membros do Legislativo a tomar providências e advertir o Governador Fernando Pimentel.
“Isso é crime! É apropriação indébita. Essa Casa [ALMG] precisa apurar isso a fundo, porque não podemos admitir que um governo faça isso. Precisamos analisar essa situação com cautela, mas com muita urgência. O responsável por essa situação tem que ser preso, seja o Secretário de Planejamento, seja o Governador, porque está pegando algo que não lhe pertence. Isso é um absurdo e não podemos nos calar diante disso”, finaliza.