Foto: Divulgação/ALMG

Reduzir os custos para a aquisição de máquinas e suplementos agrícolas, ampliar as linhas de financiamento rural, alterar o modelo atual de assentamentos de terra, agilizar os licenciamentos ambientais das propriedades e combater o crescimento da criminalidade no campo. Esses foram as principais temas debatidos durante reunião da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), presidida pelo deputado estadual Fabiano Tolentino (PPS).

Foto: Divulgação/ALMG

Foto: Divulgação/ALMG

“A agropecuária é muito importante para a balança comercial do Brasil. O maior problema atualmente do setor é a violência no campo e que muitos agricultores já começam a abandonar a atividade e migrar para a cidade. O Estado precisa aumentar os investimentos em segurança e no aumento dos efetivos para resolver a situação. O produtor é um alvo fácil para os criminosos e isso tem afetado nossa economia”, comentou Tolentino.

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, Romeu Borges de Araújo Júnior, participou da reunião e reforçou que a insegurança nas propriedades tem levado muitos agricultores a arrendarem as terras para o plantio de monoculturas, como a cana-de-açúcar, e se mudarem para as cidades.

Outro entrave para o setor, na opinião de Romeu Borges, é a demora na liberação de licenciamentos ambientais, que faz com que os proprietários sejam multados por falta de licenças, não liberadas pelos órgãos ambientais.

O modelo atualmente utilizado para a reforma agrária no Brasil também foi criticado pelos participantes da reunião. Tolentino, que foi um dos autores do requerimento para a realização da reunião, criticou o modo como a reforma está sendo feita.

A ampliação das as linhas de financiamento para o agronegócio seria uma outra solução de grande impacto para o setor agropecuário. Segundo representantes do setor, as máquinas e equipamentos em Minas Gerais são 7% mais caras do que em São Paulo.

A Emater informou ainda que as associações e cooperativas mineiras estão enfrentando problemas com financiamentos realizados pelos Bancos da Terra (ou Fundo de Terras e Reforma Agrária), programa de financiamento de imóveis rurais em convênio com as instituições financeiras. Os empréstimos foram feitos em nome das organizações, que passam por dificuldades para liquidá-los. A sugestão é que as dívidas sejam individualizadas para que cada agricultor possa negociar sua própria pendência