PT emitiu nota de repúdio contra declaração do prefeito de Divinópolis e a classificou como “injuriosa” e “criminosa”

A declaração do prefeito de Divinópolis Gleidson Azevedo (PSC) durante o lançamento do governo digital provocou reação em partidos que disputaram as últimas eleições municipais. Ao pronunciar, Azevedo disse que preferia ser um “Pedro turrão” a um “Judas ladrão”.

Sem mencionar nomes ou citar a palavra “candidatos”, disse que “se fosse aqueles que estivessem aqui, eles estariam roubando”. Entretanto, não foi claro sobre quem seria “aqueles”.

“Prefiro ser um Pedro turrão do que ser um Judas ladrão, se fosse aqueles que estivessem aqui, eles estariam roubando, pode me chamar de turrão, mas de ladrão nunca vai me chamar”, declarou, na quinta-feira (15/7).

Partidos políticos entenderam “aqueles” como sendo os candidatos a prefeito derrotados. O PT emitiu nota de repúdio contra a afirmação. 

Já o então candidato a prefeito Fabiano Tolentino (Cidadania) gravou um vídeo retrucando.

“Não posso aceitar que algum prefeito algo dos sete candidatos que disputaram com ele. Aqui eu venho defender a todos, porque eu considero todos bons nomes. E se o prefeito acha que algum desses nomes que não ganhou dele é ladrão que ele cite o nome e que ele prove, porque falar e jogar ao vento a gente não pode aceitar. Que ele venha, portanto, provar e dizer quem é o ladrão que se tivesse ganhado dele estaria roubando na prefeitura e fazendo diferente de nós. Nós todos amamos Divinópolis, não é só ele não. O que ele está querendo fazer é querer ser maior do que a cidade, querer aparecer mais do que a cidade, desonrando a posição que ele tem de prefeito e ainda sendo mal educado com alguns servidores que vimos em nível nacional”, afirmou o ex-deputado.

Leia a nota do PT:

“O prefeito de Divinópolis, em público, pronunciou uma fala injuriosa, que pode ser considerada até criminosa, tipificados no nosso código penal, calúnia artigo 138, Injúria e difamação artigo 139. Tendo como pena detenção de 6 meses a 2 anos e multa. Tentando se justificar de absurdos cometidos por ele, insinuou que ele é honesto, diferentemente de todos os outros ex-candidatos que com ele concorreram ao cargo que ocupa. Sendo assim ele insinua que qualquer outro que disputou aquela eleição, se tivesse vencido, estaria hoje a roubar no exercício do cargo.

O PT teve como candidata a professora Maria Helena, pessoa de grande valor ético, moral e humano, e que nunca esteve em suspeição de qualquer ato que a pudesse incriminar. Hoje temos a certeza de que se ela tivesse saído vencedora, nossa cidade estaria em melhores mãos, pois seu programa de governo proposto era infinitamente melhor.

Aliás, qual é o plano de governo do prefeito, que até hoje não foi apresentado? Em mais de seis meses de governo, o prefeito não apresentou nada de bom para o nosso município concretamente.

A nossa população sempre desconfia daqueles que se arrogam de honestos, pois quem o é, verdadeiramente, não precisa se promover como tal.

O prefeito ainda se ilude pensando que publicando filminhos de péssimo gosto, rebolando e fazendo gracinhas, evidenciando uma péssima educação, que nos envergonha a todos, basta como ações governamentais.

Não basta, estarmos vivendo tempos difíceis em que nossa população necessita de ações governamentais, objetivas na direção de amenizar o sofrimento de nosso povo.”