“Se uma pessoa falta ao trabalho, ela tem o dia cortado no pagamento do mês. E entendo que o político não deve ter privilégios e também deve ser penalizado nesse caso”. Esse é o entendimento apresentado pelo deputado estadual, Fabiano Tolentino (PPS), que foi um dos 17 deputados que votou favorável à emenda número 1 do Projeto de Resolução (PRE) 6/15 que altera o regimento interno da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), prevendo desconto da remuneração de deputado que não comparecer às reuniões e não participar das votações.
“Nós, deputados, fomos eleitos para trabalhar pelo povo, legislando por Minas e isso só é possível se cumprirmos nossa obrigação de participar das reuniões ordinárias, que acontecem de terça à quinta, a partir das 14h, votando e debatendo leis que afetam diretamente a vida de todos nós. E assim como qualquer trabalhador, entendo que se um deputado não comparecer à reunião ou não participar das votações, ele deve, sim, ter seu dia cortado. Não há justificativa para termos privilégios e nesse sentido, eu também abri mão do pagamento do chamado auxílio paletó (14º e 15º salário) e do pagamento de horas extras para as reuniões extraordinárias. Lidamos com o dinheiro público e é mais do que nossa obrigação fazer bom uso dele”, defende Tolentino.
A votação o PRE 6/15 foi realizada nesta quinta-feira (05) e dos 77 deputados estaduais, 17 votaram a favor e outros 32 foram contra, rejeitando a aprovação da emenda nº 1.
“Infelizmente fomos voto vencido, mas vamos continuar atuando em prol dos mineiros, fazendo valer a confiança depositada em nós. Nesse sentido, tenho feito questão de estar presente no máximo de reuniões possível, inclusive já tendo sido apontado como um dos sete parlamentares mais presentes nas reuniões ordinárias. Precisamos buscar fazer uma política diferente, presente e transparente, mostrando que mesmo em meio à tantos escândalos, é possível, sim, buscar fazer o bem”, destacou Fabiano Tolentino.
