Intimado a depor, suspeito será ouvido em Pará de Minas
O homem que agrediu, com golpes de cinto, um morador de rua negro em Itaúna, região Centro-Oeste de Minas Gerais, será investigado pelos crimes de tortura e racismo. A Polícia Civil (PC) instaurou inquérito nesta quinta-feira (21/11) para apurar o caso e representou pela prisão preventiva.
O episódio ganhou grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo, justamente no Dia da Consciência Negra, celebrado na quarta-feira (20/11). Nesta quinta, a Polícia Militar identificou e localizou o agressor em Nova Serrana. Ele solicitou ser ouvido em Pará de Minas, cidade onde reside. Ambas as localidades ficam na mesma região.
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No vídeo, o agressor oferece R$ 10 ao homem em situação de rua, conhecido como “Djalma”, e, em seguida, o agride com um cinto.
Investigação por tortura e racismo em Itaúna
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, o suspeito está sendo inicialmente investigado pelos crimes de tortura e racismo.
“A pena pode, inicialmente, ser superior a 15 anos, mas outros eventos podem ser apurados diante da complexidade das investigações”, destacou o delegado.
A vítima, que se encontra no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) do município, será ouvida nos próximos dias. Além disso, será encaminhada para acompanhamento pela assistência social local.
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O vídeo
No vídeo, o agressor exibe a nota de R$ 10 e, em tom político, diz: “Enquanto tiver Bolsonaro e Lula, será desta forma.” Em seguida, questiona: “Quer usar droga? Não quer trabalhar não?” Após retirar o cinto, ameaça a vítima e afirma que a agressão seria justificada pelo vício do homem em situação de rua.
As investigações, que apuram a ocorrência dos crimes de racismo e tortura, seguem em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Itaúna. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno.