Categoria decreta estado de greve e ameaça paralisação a partir de 10 de março caso não receba nova proposta
Os trabalhadores do transporte público urbano de Divinópolis recusaram, por unanimidade, a proposta do consórcio responsável pelo serviço e estão em estado de greve.
O Sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários de Divinópolis (SINTTRODIV) tem mais duas assembleias nesta quarta-feira (28/2).
Caso o consórcio não apresente uma nova proposta em 72 horas, a categoria iniciará a paralisação no dia 10 de março, por tempo indeterminado.
A presidente do sindicato, Erivaldo Adami explicou que a mobilização envolveu profissionais de todos os turnos.
“Fizemos assembleias às 9h para atender motoristas, equipe de manutenção e demais setores. Assim, todos rejeitaram a contraproposta apresentada pelo consórcio na segunda-feira (24/2)”, afirmou.
Greve do transporte público pode começar em março
Diante desse cenário, o sindicato comunicará a prefeitura, a câmara de vereadores e o consórcio.
“Se não recebermos uma nova proposta em até 72 horas, convocaremos uma nova assembleia para oficializar a greve. Caso o impasse continue, no dia 10 de março os trabalhadores vão paralisar as atividades”, destacou Erivaldo.
Além disso, a sindicalista reforçou que os trabalhadores demonstraram união e insatisfação com a proposta.
“O consórcio ofereceu um reajuste abaixo da inflação (4%). Nem o INPC foi considerado. Portanto, essa atitude demonstra um total descaso com a categoria”, criticou.
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Repasses milionários não garantiram aumento
Nos últimos anos, a prefeitura de Divinópolis tem repassado subsídio ao consórcio. Conforme Adami, o consórcio alega que o valor não cobre os custos operacionais e que são necessário R$ 2 milhões de por mês
“Eles (consórcio) dizem que precisam de R$ 2,4 milhões por mês, mas recebem apenas R$ 1 milhão. Sem dúvida, sabemos do esforço da prefeitura, mas essa questão cabe ao município e ao consórcio resolverem. Enquanto isso, nosso foco é garantir um salário justo”, afirmou.
Por esse motivo, a categoria reivindica um piso de R$ 4 mil, mas o consórcio propôs um reajuste de apenas 4%.
“A diferença entre o salário atual e o que pleiteamos ainda é enorme. Por isso, se não tivermos um avanço, a paralisação será inevitável”, ressaltou a sindicalista.
Prefeitura de Divinópolis
A reportagem do PORTAL GERAIS, entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Divinópolis, porém até o fechamento da matéria não obteve resposta.