A UPA atenderá pacientes exclusivos de COVID (Foto: Divulgação/Prefeitura de Formiga)

Casos confirmados de COVID-19 em março superam a soma dos dois primeiros meses deste ano e os de mortes igualam

Três pessoas morreram, nesta terça-feira (23/3) em decorrência da COVID-19 em Formiga. Eles estavam intubados na sala vermelha aguardando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da prefeitura. Outras três pessoas aguardavam vagas de UTI nesta segunda-feira (22/3). Todas estavam na sala vermelha. A taxa de ocupação atingiu 160% considerando a fila de espera. A cidade conta com 10 leitos e UTI.

Entre as vítimas estão uma mulher de 55 anos, diabética e duas idosas, uma de 88 anos, tinha doença respiratória e a outra 69 anos, hipertensa.

Março tem sido o pior mês desde o início da pandemia em Formiga. Até ontem (22/3) foram registrados 1.757 novos casos da doença, número bem maior que todos os casos juntos registrados em janeiro e fevereiro (1.373). Este mês, 29 pessoas perderam a vida em decorrência de complicações da Covid-19. Nos dois primeiros meses do ano foram 29 óbitos por causa da doença.

O colapso no sistema forçou a Secretaria Municipal de Saúde a adotar nova medida. “Vamos transformar toda a nossa estrutura da UPA para paciente com COVID. Com essa mudança a partir de hoje (23/3) todos os atendimentos direcionados para a UPA, dor cabeça, fratura, serão atendidos no Santa Marta”, informou o secretário de saúde Leandro Pimentel.

Serão mais 28 leitos de enfermaria. Ao todo, a cidade passa a contar com 92 leitos de enfermaria disponível para o tratamento da doença.

A partir das 19Hs de hoje, a população que precisar de serviços de Pronto Atendimento não Covid-19 devem procurar o Hospital Santa Marta. Lá serão realizados os atendimentos de urgência e emergência.

Todos os pacientes que estavam na UPA, e que não estão com Covid-19, serão transferidos para o Hospital Santa Marta ainda hoje. A decisão foi necessária devido ao agravamento da situação epidemiológica do município que registra ainda um aumento de novos casos da doença e a necessidade de internação.

Na manhã desta terça-feira, o Hospital de Campanha, montado no Ginásio Vicentão, estava com 34 pacientes em observação, sendo que a capacidade inicial de atendimento seria para 30 pacientes. 

Onda roxa

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Leandro Pimentel, o resultado das medidas restritivas da Onda Roxa só deverão ser sentidas no início de abril. Os casos atuais são, em sua maioria, de pacientes que contraíram a doença antes do início das medidas mais restritas do Programa Minas Consciente.

“É necessário que toda a população siga as orientações: fique em casa, não aglomere, use máscara e álcool em gel. É preciso a colaboração de todos!”, recomendou.