Talita Camargos
O secretário da Settrans, Simonides Quadros, também participou do treinamento (Foto: Assessoria/Divulgação)
“Gentileza gera gentileza” e facilita o dia a dia de todos. Desde 2014, quando a Prefeitura de Divinópolis, Associação de Deficentes do Oeste de Minas (Adefom), Secretaria de Trânsito e Transportes (Settrans) e Consórcio Transoeste, elaboraram um decreto no qual ficou estabelecido o procedimento para auxiliar o cadeirante a entrar nos ônibus e houve treinamento dos funcionários, as reclamações dos usuários têm diminuído, segundo o presidente da Adefom, Reginaldo Couto. Neste ano, a capacitação em parceria com a associação está na segunda edição e a perspectiva é melhorar ainda mais o serviço.
“Temos queixas pontuais e sempre vamos ter. No entanto, sobre o relacionamento vemos uma queda. Atualmente temos mais reclamações sobre estado das calçadas, por exemplo, do que de como o cadeirante é tratado. Já é um reflexo do decreto e da conscientização dos funcionários”, afirma.
Até a próxima semana, 360 colaboradores, 195 motoristas e 165 cobradores, terão uma aula que aborda bem mais do que como operar o equipamento, mas questões de comportamento e relacionamento.
A aula começa com todos no pátio em uma simulação prática. Quem opera o elevador cotidianamente vai para a cadeira de rodas para sentir como é usá-la. Para orientar a forma correta de auxiliar o usuário, o presidente da Adefom, que também é cadeirante, mostra os detalhes que fazem a diferença.
“Divinópolis é a única cidade na qual a maneira correta de operar o elevador é descrita em uma lei, o município sai na frente. O operador deve ficar do lado de fora, entre os detalhes, os quais dão segurança para o cadeirante”, ressalta.
360 colaboradores serão treinados (Foto: Divulgação/Assessoria)
Treinamento
O trocador Altamiro Rates dos Santos já participou de outros treinamentos e afirmou que o que viu não fica perdido, além de que há sempre algo a ser acrescentado. Há dois anos e meio na empresa, ele diz que os ensinamentos sobre os cuidados ao auxiliar o cadeirante são lembrados na prática. Já a cobradora que treina para assumir o posto de motorista, Regina Ilda Rodrigues, considerou a aula muito boa. Segundo ela, ao sentar na cadeira é possível sentir o que as pessoas com deficiência passam, o que sensibiliza a todos.
“Eu amo o que faço, gosto de me relacionar com as pessoas e é preciso muito cuidado para lidar com o ser humano, um ser tão difícil. Só com muito amor é que é possível gerar mais amor pelas pessoas”, afirmou parafraseando o nome do treinamento, “Gentileza gera gentileza”.
E é exatamente ensinar a aplicar a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, um dos objetivos do treinamento. De acordo com a psicóloga que faz parte da equipe para ministrá-lo, Sabrina Santos, são conceitos como esse e outros fundamentais para bons relacionamentos que são debatidos.
