Amanda Quintiliano
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG), em resposta à matéria publicada pelo PORTAL na última terça-feira (31) disse que, “enquanto autarquia pública federal, segue resolução específica da fiscalização para avaliação das condições do trabalho médico das unidades de saúde”.
Desde o dia 19 de outubro os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aguardam uma posição sobre a interdição ética solicitada pela categoria. Eles alegam que a situação beira o limite e que nenhuma medida foi adotada para minimizar a situação.
Os profissionais estão há três meses sem receber os honorários médicos. Falta também materiais de trabalho e os corredores estão superlotados por pacientes que aguardam leitos em hospitais.
Por meio de nota, o CRM afirmou que “em casos de extrema precariedade do ponto de vista estrutural para a atividade profissional, existe a prerrogativa da interdição do trabalho médico. Entretanto, conforme a Resolução CFM Nº 2062, antes de decidir pela interdição, vários passos preliminares devem ser observados visando a possibilidade de correção das distorções encontradas para que não haja prejuízo da assistência à população. A decisão pela interdição ética é uma decisão plenária”.
Informou ainda que, “em relação à UPA Padre Roberto, em Divinópolis, o Departamento de Fiscalização do CRM-MG já foi acionado e está tomando todas as providências cabíveis. Todo o encaminhamento da situação em questão será feito junto às diretorias técnica, clínica e administrativa do hospital, assim como ao gestor local de saúde. O Ministério Público já foi acionado pelo Conselho e também acompanha a situação”.
Já a Prefeitura de Divinópolis disse que até o dia 12 de novembro será quitada uma nota referente aos honorários médicos, de aproximadamente R$600 mil. O montante é referente ao mês de agosto.