A Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas), no bairro Ponte Funda, em Divinópolis está com 39 pacientes esperando internações, seja para cirurgias ou outros procedimentos. Todos estão cadastrados no SUS-fácil, mas encontram dificuldades para a transferências. Além de lutarem contra as doenças, enfrentam uma batalha em busca de leitos.
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (Semusa) esses pacientes aguardam vagas para alguma unidade de saúde, que atenda a cada especialidade demandada. Entre os tratamentos estão de ortopedia, nefrologia, oncologia, cirurgia geral, entre outros.
A deficiência do parque hospitalar da macrorregião Oeste é a principal causa apontada pelo secretário de Saúde, David Maia, para justificar a superlotação da UPA. Segundo ele, a unidade é apenas uma porta de entrada para casos de urgência e emergência. Entretanto, sem leitos nos hospitais da região, pacientes ficam espalhados pelos corredores a espera de vagas.
“Outro fator é o período de festa de final de ano, quando, geralmente, os profissionais, os médicos, tiram licença ou folga nos hospitais. Isso faz com que a UPA absorva ainda mais esses casos”, afirma David.
De acordo com a assessoria, a secretaria trabalha junto com os hospitais para resolver o mais rapidamente a situação dos pacientes. Atualmente, cerca de 340 pessoas passam por dia na UPA. São pacientes, principalmente, de Divinópolis, Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.
Recentemente, o governo do Estado liberou cerca de R$ 49,7 milhões para 136 hospitais de todo o estado, sendo nove do Centro-Oeste. A medida não foi suficiente para reduzir o déficit de leitos. A esperança está concentrada na construção do Hospital Público Regional, em Divinópolis. Entretanto, os repasses para a obra estão cada vez mais reduzidos atrasando ainda mais a conclusão. Dos R$ 10 milhões anunciados para 2016, apenas R$ 2 milhões foram repassados.
“O SUS-Fácil é de responsabilidade do governo do Estado. O município de Divinópolis apenas acompanha estes casos. Mas, o Estado é responsável em assegurar essas vagas nos hospitais para os pacientes”, concluiu o secretário.
A reportagem do PORTAL tentou contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), mas não conseguiu encontrar ninguém para comentar sobre o assunto.