Governo afirma que o senador Carlos Viana mentiu ou “grupo político” está enganado o povo

Em mais um capítulo da novela envolvendo a usina de asfalto, a prefeitura de Divinópolis emitiu nota, nesta segunda-feira (02), lamentando que o assunto continue sendo usado como “artimanha política” de pessoas interessadas em antecipar o processo eleitoral. Em um novo episódio o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela afirmou ter interesse em receber a emenda parlamentar, entretanto, desde que seja formado um consórcio.

Para isso, a usina teria que ser incorporada, por exemplo, à Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Itapecerica (Amvi).

“Primeiro, é preciso destacar que tal proposta já havia sido ventilada pelo próprio prefeito Galileu Machado, ainda nos primeiros contatos com os responsáveis pela indicação da usina”, afirma em nota o governo.

Em 2017, primeiro ano do mandato dos atuais prefeitos, a própria Amvi chegou a apresentar ao deputado federal Domingos Sávio um pedido para que ele viabilizasse esse empreendimento.

“Porém, ao tomar conhecimento dos custos da tal usina, a própria Amvi desistiu da implementação do equipamento. Tal fato pode ser comprovado nas reportagens da época”, alega.

Mentira

A Usina de Asfalto tem gerado polêmica desde o anúncio da emenda pelo deputado estadual, Cleitinho Azevedo (Cidadania). Apesar de não se declarar abertamente pré-candidato a prefeito de Divinópolis, o próprio partido já o lançou. Também há a possibilidade dele apoiar o irmão gêmeo, Gleidson Azevedo (sem partido).

Foi liberado R$1,5 milhão pelo senador Carlos Viana (PSD). Entretanto, o prefeito foi categórico ao recursar, dizendo que Divinópolis não tem demanda. Na cidade, gasta-se cerca de 20 toneladas dias e a usina tem capacidade para 40. O alto custo, também fez o prefeito recuar.

Em nota, o governo disse que também “causa estranheza o fato de o senador Carlos Viana ter afirmado em um vídeo, amplamente divulgado nas redes sociais, que o prazo para adesão ao programa de liberação da referida usina terminou em dezembro e não haveria mais tempo hábil para alterações na solicitação”.

“Bem, os responsáveis pela nova indicação [à Carmo do Cajuru] então devem uma explicação: ou o nobre senador mentiu ao informar o fim do prazo ou eles estão mentindo para o povo e criando um fato político que não vai se viabilizar”, disparou.

A administração encerra a nota disse que que “a população já entendeu que o interesse dessas pessoas é só usar essa usina como mote político”.

“Depois de tanto criticarem governos passados, alegando que eles usavam o assunto Hospital Regional como moeda eleitoral, eles agora têm a própria moeda e querem transformar esse assunto em palanque político para este ano”, finalizou.