Isadora Santana

O surto de febre amarela na região leste de Minas Gerais está provocando uma corrida nos postos de saúde em Divinópolis. A procura está aumentando na tentativa da população prevenir-se contra a doença.

Na manhã desta terça-feira (17), Simone Cançado, moradora do Bairro Bom Pastor, esteve na unidade da região e foi informada que a vacina tinha acabado. A enfermeira que a atendeu disse que tinham apenas 20 doses e foi preciso distribuir senhas. O PORTAL entrou em contato com a unidade de saúde e foi informado que já fizeram pedido de uma nova remessa à Superintendência Regional de Saúde. A expectativa é que as vacinas cheguem nesta quarta-feira (18).

De acordo com levantamento realizado pelo PORTAL, outros postos de saúde passam por situações semelhantes. Do Bairro Planalto ainda possuem vacina, mas afirmam que procura está acima da média. No Posto de Saúde do Bairro Ipiranga as doses acabaram hoje, e aguardam uma nova remessa também para amanhã.

Na unidade da região Central a informação é que têm vacinas disponíveis, mas deverão começar a aplicar as doses a partir de quarta, e afirmam que a procura cresceu nos últimos dias.

Em contato com a Assessoria da Prefeitura, esta explicou que Divinópolis não está em campanha de vacinação contra a febre amarela. Por este motivo a demanda dos Postos de Saúde são de rotina, e a cidade está com o estoque necessário para o momento.

Orientações

A Semusa orienta que as pessoas procurem a Unidade de Saúde mais próxima de suas residências munidas da caderneta de vacinação. Cada unidade conta com pessoal técnico qualificado que analisará o cartão de vacinas, verificando a necessidade ou não da administração do imunobiológico, visando colocar a vacinação em dia. 

Esquema Vacinal

Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas, ou sem o comprovante de vacinação, o médico deverá avaliar o benefício desta imunização, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nesta faixa-etária ou decorrente de comorbidades.

Apesar da alta eficácia do imunobiológico, o Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica individual de risco-benefício, não devendo ser realizada em caso de imunodepressão grave.

Indivíduos com histórico de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina), assim como pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde.