O vereador Rodyson Kristnamurti (PSDB) apontou possível irregulares no pagamento do “aluguel social”, em Divinópolis. O benefício é concedido a 60 famílias. Dentre elas estão aquelas que tiveram os imóveis desapropriados no Alto São Vicente, cerca de 26 e os demais, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, são aqueles que tiveram a casa interditada pela Defesa Civil por risco, por exemplo, de desabamento.
Apesar as afirmações exatas da Secretaria de Desenvolvimento Social, o vereador diz que há membros de uma mesma família recebendo o benefício, ou seja, na época eles viviam todos juntos em um imóvel e hoje a Prefeitura arca com dois. Para averiguar a denúncia recebida o vereador pediu a relação de cada um dos beneficiários. Ele quer cruzar os dados para saber se há, de fato, o pagamento indevido.
A dificuldade de Rodyson está em receber a relação. Nesta quinta-feira (16) ele ameaçou a levar o caso para o Ministério Público caso não receba a lista em até 30 dias. O pedido foi feito há três meses. A carência de mais um mês, segundo ele, é para a secretaria concluir a auditoria interna em curso. A previsão dada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura é de 20 dias.
O parlamentar por meio da Comissão Especial formada para averiguar as denúncias pediu o extrato do pagamento desde 2007 até 2015. O valor pago por família é de R$788 (um salário mínimo).
“São várias denúncias que temos e precisamos averiguar. Parece que tem até mesmo gente alugando as casas desapropriadas enquanto recebe o aluguel social. Se tiver irregularidades precisamos saber quem autorizou esse benefício, porque isso não chega nem nas mãos do prefeito. Queremos saber de quem é a assinatura que está permitindo essas ilegalidades”, afirmou.
A comissão também é formada pelos vereadores Edimilson Andrade (PT) e Edmar Rodrigues (PSD).
Auditoria
A auditoria em curso na Secretaria de Desenvolvimento Social é para apurar o vazamento de informações dos beneficiários de programas sociais. De acordo com denúncia feita pelo vereador, Marcos Vinícius (PSC), o Cadastro Único foi acessado fora da secretaria o que possibilita falcatruas e irregularidades. Para ele, quem acessou indevidamente o sistema pode ter interesse de se beneficiar politicamente.