Amanda Quintiliano

Está preste a sair do papel a reativação da Associação Protetora dos Animais (APA) de Itapecerica. O vereador Gleytinho do Valério (PV) se mobilizou e está correndo atrás da documentação. Desativada há dois anos, ele quer regularizar a situação para possibilitar convênios com os governos municipal e estadual.

Um grupo de voluntários já atua na causa em Itapecerica. Porém, sem aporte dos entes federados. Para desenvolver as ações eles contam com doações ou com feiras beneficentes. Geralmente, o dinheiro arrecadado é revertido para castração ou cuidados de animais feridos, doentes. Eles também ajudam a encontrar lar para os bichinhos.

“O movimento que tem hoje é formado por algumas pessoas que se unem para tentar ajudar com feiras de doações e algumas castrações. Precisamos de recursos para poder realizar mais, comprar vacinas”, conta o vereador.

Um dos motivadores é o alto número de cachorros nas ruas da cidade. Essa é uma reclamação constante dos moradores e já foi pauta do PORTAL. Para Gleytinho, a atuação do município com o canil municipal não é a solução.

“Por que se não Itapecerica vai virar a desova de cachorros abandonados. Precisamos cuidar, tratar e punir quem abandona”, afirma.

APA

A APA foi criada há quatro anos. Nos últimos dois anos o imposto de renda não foi declarado. Mesmo assim, os voluntários continuaram a atuar. A veterinária Dayse Gondim é uma delas. Ela conta que a associação não chegou a ser fechada, mas devido a questões burocráticas ficou travada para recebimento de recursos.

“Como não tivemos movimentação financeira, agora é só pagar a multa para regularizar e convocar nova assembleia. Antes disso, a APA não podia ter nenhuma ajuda porque era necessário esperar dois anos para firmar convênios. Já temos quatro anos e acreditamos que agora pode mudar”, conta.

Sem ajuda financeira, os voluntários foram se afastando da APA nos últimos anos.

“É difícil ficar vendendo rifa, fazendo barraquinhas, festival de torta. A gente trabalha muito e como voluntário. Por fim, a gente acaba contraindo dívidas porque o dinheiro não é suficiente. Você tira 10 animais da rua aparecem 20. Então, as pessoas foram se afastando, mas agora elas também querem retomar”, relata.

A veterinária conta que o foco da associação é a castração. Devido ao alto número de animais nas ruas doenças como leishmaniose, segundo ela, são comuns na cidade.

“Então a gente pega, castra, trata para diminuir este número e também reduzir casos de doenças”.

A regularização da documentação da APA deve ser concluída na próxima semana. Com os documentos em mãos a assembleia será marcada para a realização da eleição que definirá a nova diretoria.