Renato Ferreira é autor do projeto (Foto: Moreno Machado/CMD)

Amanda Quintiliano

A Comissão de Saúde da Câmara de Divinópolis irá convocar representantes dos 54 municípios que compõem a macrorregião Oeste para debater suporte ao Hospital São João de Deus. A esperança é de essas cidades se mobilizarem e abraçarem a causa.

Desde que a crise se aguçou em 2012 apenas Divinópolis tem concentrado força para não deixar a unidade fechar. Mesmo que o município seja polo, os vereadores dizem acreditar que os demais não podem ser apenas coadjuvantes. O São João de Deus atende uma população estimada de 1,5 milhão de habitantes.

Com o relatório em mãos informando os 50 indicadores da Comissão Interventora e com um pequeno Raio X das transformações alcanças nos últimos oito meses pela nova superintendência, os parlamentares esperam ser mais fácil mobilizar os demais gestores.

“A obrigação não é só de Divinópolis”, destacou o secretário da Comissão de Saúde, vereador Renato Ferreira (PSDB).

O primeiro passo é dividir as responsabilidades com as microrregiões: Bom Despacho, Santo Antônio do Monte, Pará de Minas, Formiga e Santo Antônio do Amparo, além de Divinópolis. A partir delas se disseminada a conscientização de cada um assumir um papel na recuperação do São João de Deus.

“Essas cidades estão fazendo uma força tarefa para deixar apenas a Alta Complexidade para Divinópolis. Elas também serão responsáveis porque antes elas apenas colocavam os pacientes na ambulância e mandavam para cá”, explica.

Esperança

A reunião na última segunda-feira (03) com representantes do hospital e vereadores acendeu uma ponta de esperança. Se antes, os edis estavam receosos sobre a nova administração, agora querem apostar e confiar no trabalho iniciado em setembro do ano passado com condução do coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Gilmar de Assis e da superintendente, Elis Regina.

“É o momento de parar com essas informações negativas para fortalecer o hospital. Quanto mais informações negativas, mais a instituição perde a credibilidade. Sabemos as dificuldades, mas precisamos confiar nesses administradores”, concluiu Ferreira.

Indicadores

Como mostrado nesta terça-feira (04) pelo PORTAL, desde setembro do ano passado a unidade conseguiu ampliar a assistência. Houve aumento de leitos, internações e cirurgias, para citar alguns. Leia a matéria clicando aqui.