A internação de novos pacientes no Centro de Terapia Intensiva (CTI) foi suspensa após constatar irregularidades

A vistoria realizada pela Comissão de Saúde da Câmara de Divinópolis resultou, na noite desta quarta-feira (9/6), na interdição parcial do Hospital de Campanha que funciona na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A Vigilância Sanitária suspendeu a internação de novos pacientes no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

A Vigilância notificou a empresa gestora, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) , para que no prazo de 12 horas normalize as irregularidades constatadas. Até lá, nenhum paciente poderá ser internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI).

“Não pode negar atendimento. O paciente que tiver que ser estabilizado será estabilizado, se for ambulatorial será atendido, mas para internação na UTI não pode enquanto não regularizar todas as irregulares em relação ao compressor e distribuição de gases”, disse a diretoria de Vigilância Sanitária, Erika Camargos.

A Vigilância Sanitária constatou que pacientes do Centro de Terapia Intensiva (CTI) estão recebendo oferta contínua de 100% de O2, conforme denúncia da Comissão de Saúde.

De acordo com o relatório da comissão, os profissionais da área relataram que a oferta contínua de 100% de O2 é nociva ao paciente, pois pode causar lesões pulmonares. Isso está ocorrendo devido a problema no compressor.

As bombas de infusão de medicamentos também são insuficientes. Os medicamentos que deveriam ser aplicados por meio de bomba, estão ocorrendo por meio de equipo macro gotas.

Já sobre os medicamentos que integram o kit intubação, segundo a Vigilância, no momento da vistoria, estava tudo normalizado.

Sem respostas

Antes da interdição, foi dado o prazo de 24 horas, pela comissão, para o IBDS se posicionar sobre o assunto. Entretanto, conforme apurado pela reportagem do PORTAL GERAIS, após 48 horas, nenhum ofício foi repassado oficialmente.

Além da posição sobre os problemas relatados, a comissão também pediu detalhes sobre a situação da ocupação hospitalar. 

Sem respostas, a Comissão de Saúde cobrou medidas da Vigilância Sanitária que esteve hoje a noite na unidade.

O prazo para que a unidade regularize a situação termina nesta quinta-feira (10/6) às 7h.

Conforme informações de representantes da UPA em live do prefeito Gleidson Azevedo (PSC), as irregularidades estão sendo sanadas. Um novo compressor foi licitado. Entretanto, o prazo não deverá ser cumprido, pois os equipamentos não devem chegar a tempo.

A medida proposta foi tentar transferir os pacientes para outras unidades hospitalares. A regulação é de responsabilidade do governo do estado.