Amanda Quintiliano

 

A notícia do fim do gatilho salarial especulada pelo vereador Marcos Vinícius (PSC), ontem na Câmara de Divinópolis, caiu como bomba nas repartições públicas municipais nesta sexta-feira (15). A possibilidade de extinção do benefício que ganhou os corredores da prefeitura, unidades de saúde e escolas foi negado pelo prefeito Vladimir Azevedo (PSDB), pelo menos em curto prazo.

 

Vladimir disse que diariamente a administração luta contra o “estrangulamento da capacidade de investimento do município”. O principal item responsável por comprometer o orçamento municipal é a folha de pagamento, composta por vários benefícios, dentre ele o gatilho salarial, colocado em prática, pela primeira vez, em 2009. Ele somado ao que o prefeito chamou de “cesta de benefícios” gera impacto no custeio da prefeitura.

 

Nesta lista de gratificações adquiridas ao longo dos anos trabalhados está o triênio, além da progressão de escolaridade, para citar dois. Isso representa, segundo Vladimir, 6,5% de crescimento vegetativo ao ano, o que para ele é “insustentável”.

 

“A folha de Divinópolis hoje tem um crescimento vegetativo alto e insustentável a médio e longo prazo. Essa é uma situação que é clara para qualquer leigo enxergar”, afirmou.

 

Mesmo considerando insustentável manter esse crescimento, o prefeito descartou a possibilidade de extinguir o gatilho. Disse que houve estudos englobando todos os benefícios, mas que isso não se aplicará, pelo menos, ao longo dos próximos dois anos.

 

“Não há em curto prazo qualquer decisão neste sentido, há cenários, análises tanto em relação ao gatilho como a qualquer questão relacionada a benefícios dos servidores. A gente vem cumprindo essa legislação, pagando a folha em dia e antecipado, inclusive o 13º salário e queremos seguir nesta lógica com os servidores e soma-los, cada vez mais, num projeto de desenvolvimento de cidade”, afirmou.

 

Para mudar de ideia, afirmou ele, “apenas por imposição de responsabilidade fiscal”.

 

“Em médio e longo prazo, no cenário de hoje, se mostra insustentável. Mas a ideia nossa é fazer valer, dentro dessa nossa gestão, o compromisso até 2016. Não é um assunto da minha pauta de ordem do dia de curto prazo. Foi apenas uma análise que o vereador fez em nível de conjuntura de problemas da cidade”, salientou.

 

A entrevista completa você escuta aqui:

 

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Erramos: Ao contrário do informado da matéria publicada nesta quinta-feira pelo PORTAL, o município deve em precatórios R$ 19 milhões e não R$ 119 milhões.