PV expulsou o vereador por infidelidade partidária; Suplente diz que não vai requerer cadeira
Expulso do Partido Verde (PV), o vereador de Divinópolis Zé Braz disse, nesta terça-feira (24/10) que “não esperava por isso”. Afirmou que até o momento não houve comunicação oficial sobre a expulsão.
“As únicas informações que tenho são as divulgadas pelas mídias locais”, disse.
O vereador antecipou que ainda não teve nenhum contato com outro partido.
“Até o momento não conversei com nenhum partido, para mim é uma novidade eu não aguardava por isso, eu não fui notificado, não esperava por essa decisão, então, aguardo ser notificado de forma oficial para vê do que se trata”, disse ao PORTAL GERAIS.
Mesmo que o vereador consiga uma decisão favorável que o mantenha no partido, ele deverá ter o nome homologado pelo PV nas próximas eleições.
Decisão de expulsão de Zé Braz
A decisão de expulsar partiu do Conselho de Ética do partido após denúncia de um filiado. De acordo com a denúncia, Zé Braz teria descumprido por várias vezes a orientação do partido.
Eleito com 1871 votos, foi um dos mais votados nas eleições de 2020. A decisão ainda cabe recurso por parte do vereador.
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Processo de Expulsão
Segundo Rodyson do Zé Milton, a decisão partiu da direção estadual do partido, tendo como principal motivo infidelidade partidária.
“Ele (Zé Braz) votou contra a chapa do PV para presidência da Câmara Municipal de Divinópolis e ainda integrou a outro pleito, contrariando a orientação do partido. Votando a favor da emenda do Israel que prejudicou a gratuidade no transporte coletivo e votando contra nos dois processos de investigação do prefeito (Gleidson Azevedo)”, detalhou.
Rodyson lembrou que o PV é base do Governo Federal, no entanto Zé Braz, mostrou alinhamento com a política de oposição ao governo Lula (PT).
“Isso deixou o partido desconfortável, está contra a ideia da nossa sigla. Além disso, ele está na base do governo municipal e sempre vota favorável. O PV é um partido livre”.
Orientação
Segundo o partido, Zé Braz teria sido orientado por inúmeras vezes sobre sua posição dentro do PV. Inclusive, o próprio partido propôs a expulsão sem a perda do mandato, porém ele não aceitou.
“O mandato é do partido. Nós estamos cumprindo a legenda, sem partido o vereador não pode exercer seu pleito”, enfatizou Rodyson.
Zé Braz terá 15 dias para recorrer da decisão, caso seja acatada, o vereador corre riscos de perder o mandato.
Suplente fala sobre expulsão de Zé Braz
O primeiro suplente Washington Moreira disse que a denúncia não partiu dele e que, caso haja a expulsão, ele não irá requerer a cadeira.
“Quero deixar bem claro que sou contra essa expulsão do Zé Braz. Se Deus me permitir, no ano que vem, se eu for pré-candidato, homologada a minha candidatura, quero entrar para fazer justiça e não injustiça”, declarou.