Galileu pede ajuda dos prefeitos da região para convencer o governador e diz ser uma lástima se não conseguirem viabilizar 50 leitos no prédio

O governador Romeu Zema (Novo) negou a abertura de leitos no Hospital Regional de Divinópolis. Com as obras ainda inacabada, o prefeito Galileu Machado (MDB) e Cis-Urg – consórcio que gerencia o Samu, pediram ao Estado que a ala mais avançada do prédio – com a construção paralisada – fosse usado para internação de pacientes com suspeita ou confirmação do Covid-10.

O prefeito buscou o apoio dos prefeitos da região na tentativa de convencer o governado de que o Hospital Regional, mesmo inacabado, é a melhor alternativa para se montar uma estrutura de atendimento a pacientes com coronavírus que necessitem de internação.

“A ala do hospital destinada a esse tipo de serviço está pronta, inclusive com toda a estrutura de canalização de oxigênio para os leitos e outras facilidades já instaladas”, ressaltou Galileu.

Segundo o prefeito, o Estado se comprometeu em comprar 10 leitos.

“Estamos na eminência de uma situação extremamente grave e, se o governador entender isso, irá optar pela abertura emergencial do Hospital Regional, que pode disponibilizar cerca de 50 leitos”, enfatizou o Prefeito de Divinópolis, em contato com lideranças regionais para discutir a proposta.

Segundo Galileu, nesse momento, as discussões não passam por temáticas políticas ou mesmo de cunho econômico.

“Divinópolis tem adotado uma postura proativa em relação a essa pandemia. Fomos a primeira cidade de Minas a adotar um plano de contingência e também decretamos medidas severas de forma a antecipar o problema”, ponderou.

“Agora estamos apontado o que pode ser a alternativa viável. Os que estamos vendo pelo mundo são profissionais de saúde tendo que fazer escolhas sobre quem tem prioridade em viver. Não podemos chegar a esse ponto. Por isso proponho que tenhamos 50 leitos prontos, não somente 10. Muitas vezes, o tempo de reação do poder público é lento e a demora em abrir novos leitos pode significar a morte de pessoas”, intensificou Galileu Machado.

Além de salas e ambulatórios já em condições de receber esses pacientes, o Estado também tem disponibilidade de liberar R$ 20 milhões de recursos orçamentários para tratar pacientes afetados pelo coronavírus.

“O mundo ficou espantado, em janeiro deste ano, quando a China construiu um hospital para mil pacientes em apenas uma semana. Não estou aqui querendo nos comparar com os chineses, mas seria uma lástima se não conseguíssemos viabilizar esses 50 leitos em um prédio que, apesar de estar inacabado, tem totais condições de atender essa demanda”, concluiu o prefeito.