Amanda Quintiliano

 

Kaboja foi o único presidente a atender as recomendações do MP(Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Kaboja foi o único presidente a atender as recomendações do MP(Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Sob a recomendação do Ministério Público (MP), o presidente da Câmara de Divinópolis, Rodrigo Kaboja, irá demitir 10 servidores comissionados, nesta sexta-feira (30). A medida é para equilibrar o quadro de cargos de confiança com a quantia de efetivados. Essa é apenas a primeira mudança da reforma administrativa prometida por Kaboja.

 

As orientações da promotoria já passaram por pelo menos cinco presidentes anteriores ao atual e foram desconsideradas. Mesmo se tratando de uma medida antipopular, pelo menos, internamente, Kaboja irá seguir a risca as recomendações do MP. As primeiras demissões ocorrerão entre os 22 comissionados.

 

“Existe uma proporcionalidade questionada pelo Ministério Público e a expectativa é que a gente consiga sanar algumas pequenas dúvidas do Tribunal de Contas, e nosso procurador Roberto Franklin esteve lá na semana passada algumas vezes e na quarta-feira (28) também para a gente homologar o concurso e de imediato chamar umas quinze pessoas para aumentar e equilibrar a proporcionalidade”, disse.

 

Ainda ficarão 68 assessores. Todos eles também deverão ser demitidos para em seguida serem recontratados. Isso porque a nomenclatura do cargo terá alteração. Também seguindo orientações da promotoria, deverá haver hierarquia e especificações.

 

“Temos a consciência que isso é totalmente ilegal. Você não pode ter no seu gabinete, assessores sem atribuições, sem salários, sem hierarquia. E, tomamos essas providências. Isso foi a coisa mais errada que teve aqui e no nosso mandato estamos corrigindo o que nenhum outro presidente teve peito e coragem para fazer. Mas, o que me machuca são as demissões, essas 10 iniciais, porque podem ter mais”, comentou.

 

Com a mudança haverá um chefe de gabinete, um coordenador político, assessor I e assessor II. Os valores dos salários ainda serão definidos. Os acertos poderão custar cerca de R$ 300 mil. Atualmente, há 63 cargos de assessores ocupados e 20 comissionados. O projeto de resolução prevendo as mudanças deve ser protocolado até a próxima semana.