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Entre janeiro e maio deste ano, 247 empresas foram extintas em Divinópolis. O número é 42% maior que o mesmo período do ano passado. Os dados são da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg). Em 2015, foram fechados 174 estabelecimentos. Os números também mostraram redução de aberturas.

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Enquanto no ano passado, entre janeiro e maio, foram constituídas novas 251 empresas, neste ano o número ainda não passou de 227. Os índices relevam o reflexo da crise financeira somado à gestão. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Rogério Aquino afirmou que parte dos empresários não estava preparado para lidar em um cenário de retração da economia.

“Não estou dizendo que estas empresas fecharam por má gestão, mas algumas não estavam preparadas e quando a crise chegou elas não suportaram”, comentou.

Como mostrado pelo PORTAL, em junho algumas conhecidas dos divinopolitanos disseram “adeus”. Este foi o caso da sorveteria Slep e também do bar do Gelu, além, de várias lojas. Basta andar pelas ruas de Divinópolis para se deparar com placas de “aluga-se” ou “passa-se este ponto”. Reflexo também nos shoppings de atacados da cidade.

Gestão

Ao todo, Divinópolis tem 22.431 empresas ativas, sendo 12.497 como Microempreendedor Individual (MEI) e as demais sem MEI, segundo a Jucemg. Num mercado de pouca demanda e muita concorrência, os microempreendedores costumam ser as principais “vítimas”, pois as vezes estão empenhados no trabalho operacional e abandonam, por exemplo, o controle financeiro.

“A maioria das pessoas não tem cuidados básicos de gestão, principalmente de controle financeiro. Então quando vem o momento de crise, o mercado fica paralisado. E, tem também o problema da concorrência. Então, o microempreendedor, as vezes, não tem esse cuidado, e ele se vê tragado, as vezes pelo mercado se prostituindo, gerado resultado negativo para as empresas”, explica o consultor do Sebrae, Cleiton Albuquerque.

Albuquerque ainda cita outros problemas que as vezes são enfrentados por esses empresários, como marketing e recursos humanos.

“É uma série de fatores, a demanda fica menor, os custos aumentam, como energia, pressão de salários […] Isso tudo conspira para um quadro que é negativo em termos financeiros”, afirma orientando os empresários a ter cautela.

“A gente sempre vê oportunidades na crise, assim como vemos ameaças em momentos produtivos. Por isso é preciso, neste momento, ser mais conservadores na gestão até o ambiente ficar mais claro”, sugeriu.

O reflexo disso tudo aparece no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos quatro primeiros meses houve saldo negativo de postos de trabalho. Os dois setores que mais chamaram a atenção foram: indústria das transformação e comércio, com 236 e 233 vagas de empregos encerradas, respectivamente. Em números gerais, foram 8.269 desligamentos.