Diego Henrique
A “Operação UAI Phone” deflagrada na manhã desta quinta-feira (10) em Divinópolis, resultou na apreensão de cerca de quatro toneladas de produtos sem documentação fiscal, avaliados em R$ 120 mil. A operação foi desencadeada após várias denúncias informando sobre aparelhos celulares roubados que estariam sendo vendidos em lojas da cidade.
Setenta celulares, 1.474 baterias de celulares de vários modelos, 1.014 caixas de medicamentos, 920 pares de patins infantil, além de vários relógios, roupas, óculos e televisores foram apreendidos. Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A operação foi lançada às 9h da manhã e contou com 112 policiais militares, além de 15 policiais federais, seis fiscais da receita estadual e 23 da receita federal. Como não foi localizado nenhum material proveniente a crime, ninguém foi preso.
De acordo com Tenente Coronel Marcelo Carlos, comandante do 23° Batalhão da Polícia Militar, houve um aumento de 70% em relação a roubos de celulares, entre 2014 e 2015.
“A suspeita é de que o celular roubado tenha uma venda fácil no mercado e a partir daí, nos decidimos fazer a operação, buscando os pontos suspeitos e conseguimos realizar a apreensão desses materiais,” afirmou.
Ainda de acordo com o comandante, a polícia trabalha no monitoramento e no levantamento de dados, para que outras ações sejam realizadas e número de roubos de celulares sejam diminuídos.
Os comerciantes que tiveram materiais apreendidos têm até o dia 14 deste mês para apresentarem documento comprobatório da origem da mercadoria. Caso o documento seja apresentado, os materiais serão devolvidos.
Segundo Marcos Paulo, Delgado da Receita Federal, as mercadorias que não tiverem documentos apresentados, a pena administrativa de perdimento será aplicada e será aberto um processo administrativo de representação criminal junto ao Ministério Público.
“O Ministério Público, de posse da representação, poderá ou não solicitar a abertura de inquérito criminal, junto a Polícia Federal. O material apreendido poderá ser objeto de destruição, de acordo com as normas internas da Receita Federal, como também poderão ser destinados a entidades filantrópicas e sociais da região,” disse.
Após a conclusão do auto de infração, o inquérito deverá ficar pronto em 30 dias e após esse prazo, as pessoas envolvidas serão chamadas para prestarem depoimentos.