Amanda Quintiliano

 

Cerca de 30 profissionais participaram da reunião (Foto: Léo Santos/Divulgação)

Cerca de 30 profissionais participaram da reunião (Foto: Léo Santos/Divulgação)

O Sindicato Profissional dos Enfermeiros e Empregados em Hospitais, Casas de Saúde, Duchistas e Massagistas de Divinópolis (Sindeess) vai entrar na Justiça para os 45 funcionários do Hospital São João de Deus receberem o FGTS e terem direito ao seguro desemprego. A decisão foi tomada, na tarde desta quarta-feira (22), durante reunião com os profissionais.

 

“Estão todos preocupados, pois eles têm 30 dias para darem entrada nos papéis para receberem o fundo de garantia e como o hospital não pagou o Sindicato não pôde homologar a rescisão”, explica a presidente do sindicato, Denísia Aparecida da Silva.

 

Paralelo à ação coletiva, cada profissional irá mover uma individual para receberem os direitos trabalhistas previstos na rescisão contratual. Também será feita uma denúncia no Ministério Público do Trabalho. “Isso o que fizeram é injusto com os profissionais qualificados e capacitados. Uma tremenda falta de respeito”, completa a presidente da entidade.

 

Entre os demitidos estão funcionários com mais de 10 anos de casa, a maioria ocupava cargos de chefia, como supervisão e coordenação de enfermagem. Desde o início de janeiro 45 perderam o emprego com a alegação de readequação do quadro de pessoal para atender a demanda do hospital. Neste mesmo período houve 38 contratações, a maior parte de técnicos de enfermagem.

 

Amanhã (23) os ex-funcionários irão fazer uma panfletagem no hospital, no período da manhã, para chamarem a atenção dos demais profissionais.

 

Hospital

 

Como mostrado na reportagem anterior, publicada na manhã de hoje (22) no portal (leia aqui), o assessor do Interventor Dictum, Geraldo Couto reafirmou as dificuldades financeiras do hospital e disse que a prioridade é a compra de medicamentos para manter a assistência. Ainda segundo ele, os acertos com os funcionários serão feitos perante o Ministério do Trabalho e todos irão receber os direitos trabalhistas.

 

“Estamos tendo aporte de recursos para fazer esse acerto junto ao Ministério do Trabalho com a maior tranquilidade possível, só que nós queremos fazer de forma com que o funcionário não seja lesado e que o Hospital também não seja lesado no futuro. Nós queremos um acordo junto ao Ministério do Trabalho. Ninguém ficará sem receber. Já falamos isso em público e voltamos a reafirmar, aquele funcionário que não está satisfeito com o Hospital, que queira fazer um acordo com o Hospital, vamos até o Ministério e vamos fazer este acordo lá”, diz.

 

“A nossa política é de reconstruir o Hospital e tem muita fala distorcida e tem muita coisa que realmente não reflete esta estrutura de retratar o Hospital como um todo”, conclui.