Poliany Mota

 

O programa foi apresentado aos membros da Aliança da Cidadania (Foto: Poliany Mota)

O programa foi apresentado aos membros da Aliança da Cidadania (Foto: Poliany Mota)

A reunião da Aliança Comunitária dessa sexta-feira (11) foi marcada pela discussão dos membros com o prefeito Vladimir Azevedo e o Secretário de Saúde Davi Maia sobre o funcionamento do novo sistema de saúde de Divinópolis (SIM Saúde). No encontro alguns problemas apontados por outras autoridades foram debatidos com a comunidade.

 

“Em primeiro lugar, nós não temos uma varinha de condão que vai resolver todos os problemas da cidade da noite para o dia. Segundo lugar, não é verdade que não existem recursos que possam sustentar o ideal e em último lugar, existem alternativas para que a gente esteja melhor hoje, do que estávamos ontem”, comentou o secretário de saúde.

 

Davi Maia ressaltou que para sustentar o sistema, foi necessário retirar verba de outros setores e afirmou que o encaminhamento equivocado de pacientes considerados de menor gravidade, que podem ser tratados em consultório, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) gera uma sobrecarga desnecessária. Segundo ele 70% dos atendimentos do Pronto Socorro, não são casos de urgência e emergência.

 

O secretário chegou a citar um exemplo. “Teve um médico que encaminhou o paciente para o Pronto Socorro com aftas. Isso é uma coisa muito séria porque ou é um boicote, ou é negligência. Esse tipo de tratamento deve ser feito no próprio consultório do médico”.

 

Já o prefeito falou sobre as críticas que o novo sistema tem sofrido. “Tem muita gente que critica o projeto com uma informação simplíssima. Por ser longe, não entra na discussão a grandeza e a inversão do modelo de saúde”, comentou.

 

Após as prestações de contas, participantes da reunião parabenizaram e elogiaram o novo sistema. “Me sinto privilegiada de ter essas informações e responsável em repassá-las. Eu vou ser responsável em defender o SIM saúde”, comentou Adriana Côrrea.

 

Médicos Cubanos

 

Questionados sobre a denúncia do vereador Delano (PRTB), sobre a inoperância dos médicos cubanos, o prefeito e o secretário de saúde explicaram que os profissionais não podem atuar enquanto não obtiverem autorização do Conselho Regional de Medicina (CRM).

 

“Os cubanos não têm CRM. Para trabalhar eles dependem de uma regulamentação e da publicação no Diário Oficial da União. Eles estão aguardando o termo de registro profissional, que já foi mandado para o governo federal”, esclareceu o prefeito. Sobre os salários, Vladimir confirmou que provavelmente eles já estão recebendo, mas reforçou que o pagamento é feito pelo governo federal.

 

Vladimir também reforçou os motivos de serem contratados médicos de fora, mesmo com a grande demanda de profissionais na cidade. “O perfil da formação brasileira do médico da família é de um profissional muito jovem, o médico recém formado que quer juntar dinheiro, ou um médico mais velho que está perto de se aposentar. Esses perfis ficam cerca de um a dois anos na saúde da família e saem. A rotatividade é muito grande. Temos poucos profissionais nessa área”, comentou.

 

Explicação do programa

 

Segundo o secretário de saúde, um panfleto explicando o funcionamento do novo sistema de saúde já está sendo distribuído para a população. O material também será distribuído nas escolas para que os alunos apresentem essa cartilha para suas famílias.