Os aparelhos são considerados uma das principais moedas de troca do crime; O roubo de celulares já apresenta queda de 28% em Minas

810 solicitações de bloqueios de aparelhos celulares na 7ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), com sede situada em Divinópolis, foram recebidas pela Central de Bloqueio de Celulares do Estado de Minas Gerais (Cbloc), segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Desde a inauguração, ocorrida em junho de 2018, o serviço já bloqueou, em todo o estado, aproximadamente 15 mil aparelhos. De acordo com a Sejusp, a iniciativa facilita a inutilização de uma das principais moedas de troca do crime. O roubo de celulares já apresenta queda de 28% em Minas e 33% em Belo Horizonte.

Algumas unidades da PM também começaram neste ano, a bloquear os aparelhos roubados e furtados imediatamente após o registro da ocorrência. O 60º Batalhão, com sede em Nova Serrana, foi o pioneiro e a ação também está sendo realizada em outros municípios, como Montes Claros, Divinópolis, Carmo do Cajuru, Cláudio, São Gonçalo do Pará, Itaúna e Itatiaiuçu. A 7ª Risp abrange 50 municípios no Centro-Oeste.

Utilização

Segundo a secretaria, a Central de Bloqueio é um sistema que pode ser utilizado por qualquer cidadão de forma gratuita e fácil, já que para bloquear o celular e proteger dados pessoais como fotos ou caminhos de GPS salvos, ele só precisa do número da linha, e não mais do IMEI – identificação internacional do equipamento móvel.

Após o registro da ocorrência, o cidadão deve ir até a página da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e, em menos de três cliques, realizar a inutilização do celular. Há também a vantagem para o cidadão da ampliação das chances de ele ter o seu celular de volta, caso ele seja encontrado pelas autoridades policiais, se ele tiver sido identificado e bloqueado na plataforma Cbloc.

Reduções

Devido a esse esforço conjunto, as ocorrências de roubo de celulares em Minas já apresentam uma redução de 28% em relação aos primeiros cinco meses do ano passado. De janeiro a maio de 2018, foram 20.052 registros, contra 14.343 no mesmo período de 2019. Em Belo Horizonte, a queda chegou a 33%, indo de 7.569 registros no mesmo período de 2018, para 5.060 em 2019.