A pesquisa foi coordenada pelo professor da UFSJ (Foto: Divulgação)
A pesquisa foi coordenada pelo professor da UFSJ (Foto: Divulgação)

A pesquisa foi coordenada pelo professor da UFSJ (Foto: Divulgação)

O professor do curso de Farmácia da UFSJ, André de Oliveira Baldoni, coordenou um projeto de extensão que teve como objetivo orientar a população sobre a forma correta de descarte e armazenamento de medicamentos, bem como conhecer e analisar o perfil de medicamentos descartados pelo usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Divinópolis. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (SEMUSA).

De acordo com o professor, durante a execução do projeto nas unidades de saúde junto com os acadêmicos do curso de Farmácia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e da Universidade de Itaúna (UIT), observou-se que os medicamentos vencidos nas residências dos usuários do SUS são em sua maioria para tratar doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares. Aliado a este problema, percebeu-se que a população e até mesmo alguns profissionais de saúde não conhecem a forma correta de armazenamento e descarte dos medicamentos.

O estudo foi realizado em 12 unidades de saúde escolhidas pela Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (SEMUSA) onde foram realizados grupos de discussão e orientação sobre a importância do prazo de validade, armazenamento e descarte adequado de medicamentos. Foram também coletados os medicamentos vencidos levados pela população.

Foram recolhidas 11.518 unidades de medicamentos, sendo que destas 9.729 estavam vencidas (84,47%).  Sobre o armazenamento, 27% dos entrevistados não armazenam os medicamentos em locais recomendados. Com relação ao descarte observou-se que 10,5% das pessoas entrevistadas não descartam os medicamentos vencidos em locais apropriados. O destino correto dos medicamentos vencidos são as drogarias, farmácias ou unidades de saúde do município. As unidades dispensadoras de medicamentos devem encaminhar os medicamentos para incineração (destino final e correto dos medicamentos vencidos).

 Segundo o Prof. Baldoni, ações como estas podem contribuir com a minimização das intoxicações causadas por medicamentos, melhoria das condições de armazenamento e racionalização do descarte de medicamentos vencidos.