ônibus adaptados em Divinópolis
Adaptação total da frota e falta de infrestrutura das vias também pesam na planilha (Foto: Pedro Henrique Jonas)
ônibus adaptados em Divinópolis

Apenas quatro ônibus não são adaptados (Foto: Pedro Henrique Jonas)

Terminou nesta quarta-feira (03) o prazo de 10 anos para que as empresas de ônibus de todo o país, tornassem as frotas totalmente acessíveis para os deficientes físicos.  Em Divinópolis, 2% dos veículos ainda não possuem os requesitos básicos para atender a norma.

Elevadores para ajudar na entrada e saída de cadeirantes e também treinamento para atender as pessoas com deficiência física, são os requisitos mínimos para que os ônibus não sejam impedidos de circular.

Em Divinópolis, segundo estimativa da Associação de Deficientes do Oeste de Minas (Adefom), existem cerca de seis mil pessoas portadoras de alguma necessidade especial e grande parte delas, usa o transporte coletivo. Este é o caso da estudante universitária, Letícia Ferreira, de 20 anos. 

“Eu preciso de ajuda, pois não tenho muita força. Mas na maioria das vezes o pessoal que eu pego ônibus mesmo me ajuda. O trocador e o motorista também ajudam, são muito atenciosos e ajudam a descer e subir.”

Mas nem sempre a adaptação dos veículos é garantida de acessibilidade. A artesã Isabel já passou por situações em que os equipamentos não funcionaram, causando problemas e desconfortos.

“Eu uso o transporte para sair para ir à Igreja. Uma vez, no ano passado, subi no elevador, e uma parte do elevador não funcionava, mas consegui entrar. O elevador não conseguiu fechar e o ônibus não conseguia andar. A cadeira começou a cair e por pouco eu também não caio, minha cadeira ficou empenada.”

Isabel frisa que os funcionários dos coletivos da cidade são bem treinados para ajudar, mas que nem todos os equipamentos dos ônibus funcionam.

“Todos os ônibus têm o elevador, mas existem alguns equipamentos que não funcionam. Já os motoristas e cobradores ajudam sim, contra eles não tenho nada a reclamar.”

Adaptação

Segundo informações do diretor do consórcio TransOeste, Felipe Carvalho, dos 161 ônibus da frota, apenas quatro não possuem elevadores. Ele ainda afirma que os trabalhadores são todos capacitados.

“A Transoeste possui 98% da frota adaptada, e até o final deste ano, todos os coletivos estarão adaptados. Os motoristas e cobradores fazem cursos para manusear os equipamentos e ajudar os deficientes, inclusive com a participação da ADEFOM.”