Ana Amélia Vieira
Minha mãe, já alguns dias, vem chamando minha atenção para um pequeno fato: estou passando tempo demais conectada à internet, seja pelo celular ou pelo computador. Confesso que estou errada, mas a tecnologia é uma realidade que se faz presente, em praticamente, todas as casas por vários meios, como: celulares, notebooks, tablets, etc. Você só está lendo esse texto por causa da tecnologia! Esse é o tema que vem sendo discutido em minhas aulas de filosofia desse bimestre e também nos meios de comunicação com o seguinte lema: “usar bem é usar certo”.
Nós vivemos na “era da tecnologia”, onde a todo instante existem profissionais trabalhando para aperfeiçoar técnicas que já existem e facilitar ainda mais a vida dos homens. Toda essa inovação acaba por facilitar o acesso às várias redes, integrando cada mais o mundo e tornando-o uma “aldeia global”, onde não existe mais longe, onde a comunicação entre pessoas de diferentes países ocorre em tempo real. É impressionante o conforto que a tecnologia nos oferece e o vício que nos causa, tornando-nos subordinados a ela. Tudo está interligado à tecnologia – os hospitais, os bancos, redes de supermercados, etc. Não conheço, hoje, uma atividade que não dependa dela.
Porém, tudo tem pelo menos dois lados. Quando usamos a tecnologia, excessivamente, podemos nos tornar viciados, nos sentindo bem apenas quando estamos na frente de uma tela. Isso acaba por interferir na vida social de um indivíduo. Este que pode ser muito popular nas redes que frequenta perde o costume de conversar com outras pessoas, se tornando um antissocial. Conheço pessoas com comportamentos bem diferentes, é extrovertido nas redes sociais e extremamente tímido numa apresentação de trabalho, até mesmo para emitir qualquer opinião sobre determinado assunto num círculo de pessoas.
Quanto a mim, agradeço minha mãe por chamar minha atenção para esse assunto. Prometo que tentarei mudar meus hábitos. Posso e devo usar a tecnologia e atribuí-la ao meu cotidiano, contudo devo saber o momento certo de usá-la, dando prioridade para as interações pessoais e não as virtuais. Muitas vezes perdemos tempo com a vida virtual e deixamos de vivenciar experiências que poderiam nos acrescentar mais como seres humanos mais solidários, pois não nos fazemos presentes na vida do próximo e muitas vezes nem na vida de nossas famílias.