Deputado fala em aumento de impostos e em concentração de poder nas mãos da União: “Fazer reforma tributária assim, não é democracia”
O deputado federal Domingos Sávio (PL/MG) falou, nesta segunda-feira (10/7), sobre a reforma tributária e o voto contrário à proposta apresentada pelo governo do presidente Lula (PT). Ele alegou aumento de impostos, controle de poder pela União e o caminho para o que chamou de comunismo.
A entrevista foi concedida ao programa SEM CORTE do PORTAL GERAIS.
A Câmara dos Deputados aprovou a reforma tributária (PEC 45/19) em dois turnos. A votação foi concluída da sexta-feira (7/7). Ela simplifica impostos sobre o consumo, prevê a criação de fundos para o desenvolvimento regional e para bancar créditos do ICMS até 2032, e unifica a legislação dos novos tributos.
A proposta foi aprovada no Plenário por 382 votos a 118 no primeiro turno e por 375 votos a 113 no segundo turno de votação. Agora, ela seguirá para o Senado Federal.
Defendendo uma reforma tributária, Domingos Sávio alegou que o projeto foi votado de forma rápida e sem espaço para discussão. A ideia dele era adiar a votação para agosto.
“Isso não é democracia, isso não é correto com você contribuinte. É preciso fazer as contas para não votar algo que vai aumentar mais a carga tributária”, afirmou.
Ela aponta aumento da carga tributária para, por exemplo, o segmento de serviços. Para o deputado faltou diálogo. Ele descreveu o texto que, para ele foi votado “a toque de caixa”, como perverso.
“Fazer reforma tributária assim, não é democracia. Talvez seja a tal democracia relativa que o Lula falou. Quem relativiza a democracia estabelece o poder absoluto. Isso é ditatura (…) Quer aumentar a arrecadação de impostos, quer aumentar o poder do Estado, quer concentrar mais na mão do poder federal para que aí tenha o cidadão, literalmente, escravo do Estado, ou obedece ou é punido (…) A reforma tributária, além de ser perversa porque aumenta imposto, ela está concentrando poder na mão da União, aumentando arrecadação e, infelizmente, isso é o caminho para termos no Brasil um processo autoritário”, argumentou.
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Protagonismo no PL
Cotato a ser presidente do PL em Minas Gerais – partido do ex-presidente Jair Bolsonaro – ele também comentou sobre o fortalecimento da direita no Brasil e citou nomes como os dos governadores de Minas e São Paulo, na disputada pela presidência.
Criticou a atuação política do governo Lula e a “democracia relativa”.
Assista a entrevista completa concedida à jornalista Amanda Quintiliano.