O secretário disse que a contratação é para agregar na expansão do serviço (Foto: Amanda Quintiliano)
O secretário pediu socorro à comissão da ALMG (Foto: Amanda Quintiliano)

O secretário pediu socorro à comissão da ALMG (Foto: Amanda Quintiliano)

“A saúde está estrangulada”. Essa foi a frase usada pelo secretário municipal de saúde, David Maia para resumir a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas) e o caos vivenciado por Divinópolis e região Centro-Oeste, durante a audiência pública, na manhã desta terça-feira (26). O principal problema é a falta de recursos. O financiamento repassado pelo Ministério da Saúde para custeio da unidade está há três meses atrasado, segundo Maia.

“O Ministério da Saúde não participa conosco do debate. Recebemos duas parcelas do financiamento da UPA, apenas janeiro e fevereiro. Março, abril e maio ainda não recebemos. Não se faz saúde pública sem dinheiro. O município começa a cortar em outras áreas para fazer um serviço que não é só dele”, afirmou.

Em tom de indignação e cobrando a participação do governo federal, o secretário disse que o município já não está conseguindo comportar a demanda e nem assumir, sozinho, a responsabilidade que também é da União e do Estado.

“Há o estrangulamento total e pedimos a ALMG que acolham nosso pedido de reforço do caixa dos municípios mineiros”, enfatizou.

“O fluxo de atendimento está parando”, ressaltou.

Em média são atendidas na UPA 359 pessoas. Delas, 24 precisam de encaminhamento para hospitais e apenas sete conseguem. Nos últimos 13 meses, 125 mil pessoas passaram pela unidade.

“A UPA é porta aberta que deveria fazer a estabilidade do paciente e encaminha-lo em 24 horas, só que fica com ele lá”, afirma, explicando que isso ocorre devido a falta de vagas hospitalares.

David ainda ressaltou a importância de se discutir a saúde primária. Entretanto, segundo ele, a maior parte do tempo é gasta discutindo vaga hospitalar, devido a situação caótica.