Quando se está decidido, nada conspira contra. Não há mau humor alheio que lhe tire o sono à noite ou o sorriso pela manhã. Ter um propósito de um bom dia passa, em pelo menos 50%, por nós mesmos, o que já é um bom começo para atrair o que é bom.
Paz de espírito – além de estar equilibrado consigo mesmo – é procurar ficar harmônico com o que nos cerca. São as pequenas tensões do dia a dia que normalmente põem tudo a perder.
Quem, por exemplo, não levantou até bem num determinado dia e chega irritado no trabalho, devido a uma fechada ocorrida no trânsito, seguida de uma rápida discussão seja por palavras ou por meio da buzina do carro? Pronto! A desgraça está feita e o dia azeda logo pela manhã e a vontade é de descontar no primeiro que aparecer pela frente. Sem que este nada tenha a ver com o ocorrido no trânsito.
Sempre invejei as pessoas que possuem um sorriso franco. Aquele que a gente, à primeira vista, sente que é verdadeiro e não meramente protocolar. Pessoas que mesmo com dor ou de mau humor possuem um semblante calmo, reconfortante.
Pessoas assim não são tolas. São mais leves. Entenderam, rapidamente, como separar as coisas e não deixar os seus problemas interferirem nas suas relações. E muito menos as relações interferirem, negativamente, na sua vida íntima.
A palavra chave continua sendo a tal do equilíbrio. Aliada a ela está a intenção de querer que as coisas dêem certo. Ver no outro um companheiro. Alguém que em algum momento possa vir somar. Essa soma pode ser, simplesmente, também querer o bem.
Querer o bem não depende de esforços gigantescos ou de gestos que mereçam grande repercussão. Querer o bem é valorizar os pequenos atos diários esquecidos. É preservar a cordialidade e atenção.
Estas atitudes, pequenas é verdade, mudam, aos poucos, atmosfera das coisas e o universo parece ter a tendência a colaborar a favor das boas intenções quando nos propomos a elas.
Recentemente fui surpreendido, positivamente, por um gesto desses. Um conhecido com quem não falava há anos, por motivos fúteis, mas que também não desejava nenhum mal a ele, me abordou. Disse que gostaria de me falar algo.
Concordei com ele e disse que poderia ficar à vontade. Para minha surpresa ele veio me pedir desculpas. Foi um gesto nobre da sua parte e que me pegou de surpresa, uma vez que eu julgava o ocorrido passado.
Nos abraçamos e na presença de outro amigo conversamos sobre coisas diversas. Ele ganhou o dia e eu mais ainda. Com o seu abraço fraternal aprendi que são os gestos simples os mais largos e que a gente é muito besta por não querer ficar bem com os outros. Ainda mais quando os motivos para isso são os mais fúteis possíveis.
Sim, o universo conspira a favor das boas atitudes. Por mais que as más queiram prevalecer. Tenha o seu bom dia.