Em maio, após duas retrações consecutivas, o valor da cesta básica de alimentos registrou uma leve elevação de 0,7% em relação ao mês de abril. Com isto a cesta passou a valer R$ 332,71. As informações fazem parte de uma pesquisa divulgada pela Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis de Divinópolis (FACED). Em doze meses o custo da cesta elevou-se 9,4% variando de R$304,4 para os atuais R$ 332,71.
A elevação do valor da cesta básica foi influenciada basicamente pelas elevações dos seguintes produtos: açúcar 20,2%, manteiga 10,07% e café 7,9%. Devido ao período de entressafra do leite, o valor do produto aumentou em todas as regiões do Brasil e consecutivamente o preço da manteiga subiu drasticamente no mercado Divinopolitano.
O aumento das exportações causado pela demanda internacional elevada e a taxa de câmbio apreciada geraram aumento das exportações com diminuição da oferta no mercado interno e aumento do preço do açúcar.
Devido às condições climáticas, a maturação dos grãos estava atrasada e isso também limitou o avanço na colheita em algumas regiões do Brasil refletindo numa majoração dos preços do café.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Leandro Maia, o valor do feijão não aparece na pesquisa como influencia na alta do valor da cesta básica, uma vez em que o preço dp grão só apresentou aumento no início do mês de junho e a pesquisa é referente ao mês de maio.
“Atualmente o valor do feijão tem influenciado no preço da cesta básica. Nas próximas pesquisas ele aparecerá como um dos itens que sofreu elevação no preço,” afirmou o professor.
O aumento no valor do feijão tem a ver com a ausência de chuvas e com clima seco e quente em abril, o que acabou comprometendo o desenvolvimento das lavouras, especialmente do milho e do feijão.