Vereador desafiou o prefeito a ir a público dizer os motivos pelo qual ele deixou a liderança do Executivo

As declarações do vereador de Divinópolis, Edson Sousa (MDB) foram rebatidas, nesta quarta-feira (09), pela Administração Municipal. Em nota, o “lamentou a publicamente a postura” do parlamentar que, ainda segundo a nota, ” se atira de forma descabida à mídia em busca de reconhecimento, manchetes e espaço”. O órgão ainda acusou o edil de “calúnia e difamação”.

Segundo a nota “é preciso reconhecer a busca de entendimento no início do atual mandato, quando o vereador chegou a ocupar a condição de líder do Prefeito no Legislativo Municipal. Porém, não havendo afinidade entre as partes para tão importante função, realidade normal e pertinente à política em todos os níveis, optou-se pela revisão de tal decisão de forma amigável, respeitosa e democrática”.

A administração afirma que de forma leviana, mais de um ano depois, Edson tenta galgar visibilidade. Ela o acusa ainda de ter comedido um “equívoco de gravidade emblemática”.

“Não havendo nenhum fato estranho que tenha justificado tal rompimento, o nobre vereador comete os crimes de injúria e difamação”, afirma e nota e vai além:

“Mas, no campo da hipótese, se houvesse existido qualquer outra justificativa que o mesmo coloca sendo tão grave, ele teria cometido o crime de prevaricação. Sabendo ele de qualquer fato, na condição sine qua non de fiscalizador do Executivo, tem o vereador a obrigação moral de fiscalizar e denunciar”.

O órgão devolveu ao vereador o desafio de ir a público dizer o que o afastou da liderança do governo. Nesta quarta (09) o edil havia desafiado o prefeito.

“Resta agora apenas esperar que o nobre vereador venha a público e assuma qual desses crimes ele, Edson, cometeu: inventar a existência de algo que não aconteceu com o sórdido propósito de difamar o Prefeito ou saber de algo e ter prevaricado. Tal desafio se faz sob o agravante de um dilema filosófico, tema constante dos estudos do nobre edil. Afinal, Immanuel Kant já nos ensinava: “Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim””.