A guarda do adolescente, de 15 anos, que estava desaparecido até esta quarta-feira (11) foi repassada a um familiar. Lourenço Marques Santos fugiu de casa na madrugada de segunda-feira (08). O garoto caminhou até o posto policial na MG-050, pegou carona entre Mateus Leme e foi caminhando até Igarapé. Lá, um policial militar o identificou. A fuga estaria relacionada a conflitos familiares.
Lourenço saiu de casa durante a madrugada. Abriu a porta, trancou e deixou a chave por debaixo dela. Na mochila colocou objetos pessoais, algumas peças de roupas e um pouco de comida. A primeira noite passou acordado. Já na segunda dormiu em um posto de combustíveis. Já era final da tarde de quarta-feira (10) quando um policial o encontrou.
“Ele foi abordado por um policial que suspeitou da fisionomia dele, porque não parecia um andarilho, estava bem vestido e resolveu conversar com ele: você está fugindo de casa, você está indo para onde. Ele acabou contando ao policial que tinha saído de casa e em consulta ao sistema constatou-se que ele estava como desaparecido”, conta o delegado responsável pelo caso, Marcos Henrique Montal’verne.
Ao constatar o desaparecido, o policial entrou em contato com as autoridades em Divinópolis e também com a família do garoto. Antes de irem busca-lo, o delegado entrou em contato com o Ministério Público e também com o juiz da Vara da Infância e Juventude que o orientou a repassar a guarda provisória para um membro da família.
“Ele está com um familiar, preferimos não divulgar com quem para evitar a divulgação massiva e para que a família se preserve até que se defina a guarda definitiva dele”, afirma.
Busca
Além de Dr. Marcos Henrique o delegado regional, Leonardo Pio e dois investigadores
acompanharam o pai do adolescente, Cláudio Oliveira até Igarapé.
“Vamos manter o contato com o Lourenço para ele externalizar todas as motivações com calma. Estamos com outras diligências investigatórias junto a família apara chegar de forma cabal, precisa nas motivações do desaparecimento”, explica.
Os delegados chegaram à Divinópolis por volta das 21h e deixaram a delegacia no início da madrugada. Eles ouviram o garoto, mas evitaram pressionar. Segundo o delegado, ele estava assustado e deu algumas informações ainda confusas que serão averiguadas durante a investigação.
Motivação
Montal’verne descartou, inicialmente, abusos, violência contra o adolescente ou consumo de drogas. Ele mora em Divinópolis com a mãe e o padrasto no bairro Sidil.
“Aquilo que podemos falar para não repercutir muito na família ou dar repercussão expressiva ao caso, é que foram conflitos familiares, somado ao fato da adolescência, 15 anos”, concluiu