Em novembro, Domingos Sávio entregou na Procuradoria Geral da República o pedido de afastamento de Eduardo Cunha (Alexsandro Loyola/PSDB)

Em resposta ao pedido do deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) e cinco partidos da oposição, entre eles o PSDB, o Ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados, na manhã desta quinta-feira (05).

Em novembro, Domingos Sávio entregou na Procuradoria Geral da República o pedido de afastamento de Eduardo Cunha (Alexsandro Loyola/PSDB)

Em novembro, Domingos Sávio entregou na Procuradoria Geral da República o pedido de afastamento de Eduardo Cunha (Alexsandro Loyola/PSDB)

No dia 25 de novembro de 2015, representando o PSDB como vice-líder, o deputado Domingos Sávio esteve na Procuradoria Geral da República, levando um pedido de afastamento de Eduardo Cunha.

O pedido foi fundamentado em declarações em que o parlamentar admitiu acumular um patrimônio no exterior não declarado ao Banco Central e à Receita Federal, mas alegou que tudo foi fruto de transações lícitas de comércio internacional e aplicações em bolsas estrangeiras.

“Ele não se explicou. Diante disso, pedimos o afastamento do presidente. Deixamos claro que não pactuamos com qualquer tipo de corrupção. Queremos que todos os envolvidos em corrupção sejam investigados e, se culpados, sejam processados e condenados, indiferente de partido político. Ninguém deve ser condenado sem um julgamento justo e com direito à defesa, mas ninguém está acima da lei”, explicou Domingos Sávio.

O parlamentar mineiro acredita que o Supremo deve reforçar, o quanto antes, o julgamento, em definitivo, do afastamento de Cunha.

“Esta denúncia contra o Presidente da Câmara não atrapalha o decorrer do processo de impeachment. Pelo contrário, nos dá tranquilidade de que concretizado o impeachment, Eduardo Cunha não estará mais na linha de sucessão de Temer, que deverá substituir Dilma”, ponderou.

Domingos Sávio adiantou que as investigações contra a corrupção no país terão sempre seu apoio e que continuará exercendo o direito de zelar pela moralidade como representante do povo.

“Quero registrar minha confiança e certeza de que o país vai encontrar o caminho certo para o fim da impunidade. Neste momento em que temos impeachment legitimamente aprovado, temos que começar a fase de moralizar o Brasil. Continuar a Operação Lava Jato e as demais e punir os corruptos. Assim como havia dito que precisávamos investigar e, se preciso, punir Lula e Lulinha, o presidente Cunha também precisa responder às acusações que pesem sobre ele”, finalizou.