Cada agente poderá ser responsável por até mil imóveis (Foto: Katiuscia Freitas)

Cada agente poderá ser responsável por até mil imóveis (Foto: Katiuscia Freitas)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mediante a atuação da diretoria de Vigilância em Saúde, reiniciou o trabalho de estratégia no combate à dengue denominado Zoneamento.

 

Zona é o termo utilizado para definir a área restrita de abrangência onde serão desenvolvidas as atividades operacionais de campo. Assim, com o retorno dessa modalidade de organização, cada agente de saúde fica sendo responsável por uma zona fixa de 800 a 1.000 imóveis ou mais, dependendo da região que deverão ser visitados a cada dois meses.

 

O método foi adotado com a finalidade de promover maior vínculo e identificação do agente com a comunidade onde ele desenvolverá seu trabalho, e facilitará sua entrada nos imóveis, além da resolução mais rápida e eficaz de problemas encontrados.

 

“Antes dessa estratégia os agentes se alternavam entre todas as regiões da cidade, o morador era sempre abordado por profissionais diferentes. O zoneamento possibilita que um único agente supervisor, fique responsável por uma equipe naquela região. Dessa forma, a confiança entre moradores e agentes é estimulada, já que ele ficará responsável por executar a prevenção sempre na mesma área”, esclarece a diretora de vigilância em saúde, Celina Pires.

 

As ações são realizadas todos os dias por 81 agentes e 10 supervisores, sempre de 7h30 às 11h30 e 13h às 17h. Sendo que para cada equipe de dez agentes, existe um supervisor responsável por uma área específica. Quando um caso é notificado em determinada zona, os agentes reforçam os trabalhos de bloqueio no local.

 

“Sempre que um caso é notificado em uma região, os agentes utilizam um equipamento chamado bomba costal nos nove quarteirões próximos a essa área, para bloquear a possibilidade de novos casos no local e nas proximidades”, conclui.

 

Essa é mais uma iniciativa que intensifica os trabalhos de combate a uma nova epidemia de dengue nesse ano. Dados obtidos no Levantamento do Índice de Infestação Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2014, colocou a cidade em situação de alerta com o índice de infestação de 3,2%. O número superou o levantamento realizado no mesmo período do último ano, quando o resultado foi 2,2%, percentual bem menor que o atual. Na época o município passou pela maior situação de epidemia com 6.986 casos de dengue notificados e duas mortes.

 

Outra tentativa de combate usada pela Semusa tem sido a retirada de pneus do Ecoponto que fica localizado no Pátio da Prefeitura, realizada desde 2010. Os pneus são recolhidos das ruas por agentes de saúde ou enviados pela população ao Ecoponto. “O poder público não está medindo esforços para que essa situação de risco na cidade seja regularizada, mas é fundamental que a população esteja igualmente envolvida nessa causa para que as nossas investidas venham ter sucesso”, ressalta Celina.