Portal Centro-Oeste

Desabastecimento, água suja e com odor forte. Estas são apenas três das reclamações dos moradores de Divinópolis que, além de conviverem diariamente com estes problemas pagam contas altíssimas por um serviço mal prestado. Desde sexta-feira (25) fotos da água amarelada tem ganhado as redes sociais.

Uma das primeiras a registrar foi a moradora do Quintino, Ana Paula Freitas. Ao encher a máquina para bater roupa ela se deparou com a água amarelada.

“Vai ser assim: meu marido vai ter que lavar a caixa d’água de novo. A água vai embora, a mesma que eu já paguei por ela. Ela está com terra e odor de podre”, contou na página dela no Facebook.

“Copasa, se você não tem equipamentos para retirar a terra da água em caso de manutenção em rede vocês não tem condições de tratar o esgoto”, completou e provocou: “Pede para sair por favor”.

Essas postagens foram na sexta-feira (25), mas se repetiram nesta segunda-feira (28).

“Gente parece brincadeira, né? Olha a cor da água da Copasa que porcaria é essa?”, indagou outra moradora também postando imagens da água.

Para minimizar o impacto, outra moradora tem fervido a água. Nesta segunda (28), também indignada, desabafou nas redes sociais.

“Ah não, virou brincadeira gente. Já não aguento mais ficar filtrando água para fazer de tudo, pois além de fedida a água está com cor de terra”, contou e cobrou: “Cadê o nosso dinheiro? Há anos que estamos pagando esta ***** de esgoto e nada”.

Manutenção

Na sexta-feira (25) já era no período da tarde quando a Copasa emitiu uma nota comunicando o desabastecimento de água em 125 bairros para manutenção da Estação de Tratamento de Água (ETA). Entretanto, não mencionou nada em relação aos problemas relatados pelos moradores.

Sobre a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) a conclusão da obra em dezembro de 2018 está cada vez mais distante. Mais uma vez, a companhia tem usado a desculpa do processo licitatório para justificar os atrasos.

Depois de fazer campanha divulgando o início das obras, nada foi feito além da limpeza do terreno.

Ao PORTAL a assessoria de comunicação disse que o contrato com a empresa contratada anteriormente e que rendeu embates judiciais foi cancelado por descumprimento de cláusulas. Agora, é necessário uma nova licitação. A informação é de que está na fase de recursos.