Amanda Quintiliano
A espera acabou. A partir desta quarta-feira (03) os 3,2 mil estudantes da Funedi não pagarão mais mensalidade. Essa é a primeira etapa da estadualização confirmada, na manhã desta terça-feira (02), pelo Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Nárcio Rodrigues. Também serão beneficiados os alunos de Cláudio, Abaeté e Pitangui, além de Divinópolis.
Até a conclusão da absorção da instituição à Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) o Estado irá repassar o valor equivalente às mensalidades. A Uemg deverá assumir toda a gestão a partir de 2015. Os contratos com os professores serão reincididos em dezembro e em janeiro recontratados no regime de designação.
“Começa agora com a mensalidade gratuita com o Estado fazendo o repasse para cobrir essa despesa e até o ano que vem haverá a incorporação de professores e funcionários, sendo uma das unidades futuramente campus”, explica o presidente da Funedi, Gilson Soares.
“A Funedi é muito grande. Aquelas que já estão absorvidas tem um total de 5,5 mil alunos, só nós temos 3,2 mil, então a passagem é gradatividade”, acrescenta.
A previsão é de em até dois anos ser realizado um concurso público, até lá serão mantidos os funcionários atuais. Há um receio de antecipação do processo seletivo visto que parte dos profissionais atingidos pela lei 100 são da Uemg. Entretanto, o secretário negou que a lei influencie na estadualização da instituição.
“A Lei 100 é um episódio que não tem nenhum envolvimento com a Funedi […] Os funcionários serão absorvidos como designados neste momento e naturalmente, quando o Estado decidir, teremos o concurso permitindo o acesso desses professores a carreira do Estado dando a eles a estabilidade”, esclarece.
Qualidade
Hoje a Funedi oferece 17 cursos de graduação, sendo eles: Administração, Ciências Biológicas e Contábeis, Comunicação Social, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia da Produção, Fisioterapia, História, Letras, Matemática, Pedagogia, Psicologia, Química e Serviço Social. Há também especializações e mestrado. Todos serão incorporados a Uemg.
Com a estadualização das fundações e associadas, a Uemg passa a ser a terceira maior universidade do Estado, saltando dos atuais 5,7 mil alunos para mais de 18 mil. De acordo com o reitor, Dijon Moraes Júnior, a expansão focará na qualidade e não na quantidade.
“Queremos a expansão com a qualidade. O padrão de qualidade da Uemg vai seguindo as exigências do Conselho Estadual de Educação. Para o curso ser aprovado ele tem que ter padrão de qualidade de ensino, de laboratório”, afirmou.