Os servidores municipais de Divinópolis mantiveram a greve e entraram no 16º dia nesta segunda-feira (18). Era de manhã quando a categoria ocupou parte da via da Rua Pernambuco cobrando a reposição salarial de 11,27%. Com a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o movimento ficou mais esvaziado, mas não foi suficiente para fazê-los recuar totalmente.
O TJMG determinou o retorno imediato dos servidores da saúde com risco de ser aplicada multa diária de R$ 50 mil, com teto de R$ 1 milhão. Nesta segunda o funcionamento das unidades foi normalizado. Já os demais setores continuam com os braços cruzados. Na educação, 31 das 34 escolas estão paradas, assim como 12 dos 18 Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis).
A greve completa 16 dias nesta segunda-feira (18) (Foto: Amanda Quintiliano)
“Agora pela manhã iremos nestas escolas que estão funcionando levar as novas informações e tentar trazer todos amanhã (19) para a greve”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintemmd), Cida Oliveira.
“Sabíamos que não seria uma greve fácil e que seria duradoura. A gente não aderiu para ficar cinco ou 10 dias parados. Vamos ficar até o final”, afirmou Cida durante pronunciamento.
Os setores administrativos, como IPTU, cadastro, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Settrans), a Secretaria de Obras ainda estão parcialmente paralisadas. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), 92% dos setores aderiram ao movimento.
“O servidor é mais forte do que o prefeito imagina. Somos um povo acostumado a batalhar pelos nossos direitos”, enfatizou a diretora do Sintram, Ivanete Ferreira.
TJMG
Na tarde desta segunda-feira (18) representantes do jurídico dos dois sindicatos irão participar de uma reunião com o desembargador do TJMG, Afrânio Vilela. Eles querem tentar reverter a decisão da última sexta-feira (15) que determinou a normalização da saúde.
Sobre o risco de cortes dos dias, Ivanete disse que os servidores não devem se preocupar, pois o TJMG não declarou ilegal a greve.
“Ele não pode fazer isso porque a greve não foi julga ilegal. Ninguém vai recuar”, destacou.
Movimento
Pela manhã parte dos servidores foi ao Hemominas doar sangue. Segundo os organizadores, a medida é para mostrar à sociedade que a categoria não está contra a saúde de Divinópolis.
