Uma denúncia de ameaça, em Goiás, levou a Polícia Civil de Minas Gerais a localizar Thiago Cecílio, de 24 anos, apontado como principal suspeito pela morte da mãe Marta Aparecida Cecílio, de 48. Contra o suspeito havia um mandado de prisão por esse crime.
O corpo da vítima foi encontrado no dia 25 de janeiro deste ano, já em estado avançado de decomposição, no Parque do Cedro, em Contagem. Ela estava enrolada em um cobertor, ao lado de duas mochilas, uma contendo a cabeça e outra os órgãos internos da vítima.
A Polícia Civil de Minas Gerais tomou conhecimento de que a família da ex-mulher de Thiago, que reside em Goiás, havia feito uma denúncia de ameaça contra o investigado. O suspeito teria avisado à ex-companheira que estava indo ao encontro dela, o que possibilitou o contato entre as polícias dos dois estados. Thiago foi preso em Goiânia com base na Lei Maria da Penha, devido a ameaça contra a ex-mulher, e encaminhado a Minas Gerais, para cumprimento de mandado de prisão pelo crime de homicídio, do qual é o principal suspeito.
Policiais civis da cidade de Arinos fizeram a escolta de Thiago para Belo Horizonte. O investigado desembarcou no Hangar da Polícia Civil, no Aeroporto da Pampulha, no final da manhã desta quarta-feira, sendo, em seguida, conduzido à delegacia para prestar depoimento.
A polícia acredita que Thiago tenha cometido o crime para se vingar da mãe. Testemunhas relatam que ele teria ido para Piranga, no interior de Minas, a fim de iniciar um comércio de entorpecentes na cidade. Sabendo disso, a vítima alertou parentes que moram na cidade para não recebê-lo, assim como informou ao pai da companheira do filho das intenções de Thiago. Diante dessa informação, o sogro de Thiago levou a filha e o neto para morar com ele em Goiás. Thiago teve então seus projetos frustrados, e acabou culpando a mãe por isso.
Crime brutal
No dia 21 deste mês, o companh
eiro da vítima registrou queixa pelo desaparecimento de Marta. A partir do momento que Thiago ficou sabendo disso, ele embarcou para o Rio de Janeiro, retornando dias depois, apenas para buscar alguns cartões que havia roubado da mãe. Logo em seguida, ele voltou para o Rio de Janeiro e, posteriormente, viajou para Goiás, com o objetivo de encontrar a ex-mulher.
De acordo com relatos, Marta foi vista pela última vez em companhia do filho. A polícia encontrou na casa e no carro de Thiago, vestígios de sangue. A família também reconheceu o cobertor e as mochilas usadas para se desfazer do corpo como sendo de propriedade de Thiago. O carro do investigado também foi visto na cena do crime no dia dos fatos.
Em um site de relacionamento, a polícia descobriu mensagens de Thiago para a ex-companheira deixando a entender sua participação no crime, no entanto, ele nega o homicídio e afirma que só tomou conhecimento do fato ao ser detido em Goiás.
“É difícil entender tamanha brutalidade. O crime em questão assustou até mesmo nossa equipe, acostumada a lidar com investigações de homicídio”, ressaltou a delegada Fabíola Oliveira, que coordena as investigações.