Amanda Quintiliano
Vereador vai participar da próxima reunião da Acasp (Foto: Liziane Ricardo/PMD)
O vereador Hilton de Aguiar (PMDB) tentou minimizar a situação após as duras críticas feitas à Polícia Militar (PM). Ele reafirmou a falta de segurança nas comunidades rurais e disse que a intenção foi apenas ser um interlocutor entre os moradores aos órgãos de segurança. As mesmas afirmações foram repetidas em um programa de rádio nesta sexta-feira (16).
Durante a entrevista ao programa Bom Dia Divinópolis, da Rádio Minas, o vereador reconheceu ter exagerado na fala, mas disse não retirar nenhuma das colocações feitas. A intenção, segundo ele, foi cobrar mais policiamento para as comunidades de Buritis, Passagem, Ribeirão dos Servos e Boa Esperança.
“Não tem como colocar um policial para cada morador, a culpa não é da instituição, a culpa é do governo federal, estadual, eu não sei, que não mandam recursos para equipar. Até acho que exagerei na hora que falei, mas não posso retirar. Os moradores dessas comunidades são pessoas boas e não estão tendo sossego, não está tendo policiamento. Quando eu vou pedir voto eu peço é para o povo então eu tenho que trabalhar para o povo – disse.
“Não cheguei a falar que a população tem que reagir, de maneira nenhuma, a polícia mesmo fala que é preciso ter calma, se resguardar, porque com a arma na cabeça é perigoso. Já mais iria incentivar isso”, afirmou. “Como presidente eu trabalho em prol do povo, tenho eu falar, não posso ficar omisso, respeito o trabalho das polícias, mas lá nas comunidades que citei está precisando de um trabalho mais ostensivo”, pediu.
Amenização
O vereador Adilson Quadros (PSDB) também tentou contornar a situação. Ele concordou que houve aumento da violência, mas pediu compreensão do vereador. Disse ainda que a preocupação da Acasp foi com a forma de se manifestar do vereador.
“A preocupação da Acasp é com a forma de manifestar do vereador […] Realmente a comunidade rural está passando por um momento dificílimo. Mas, é importante que a gente não tire a credibilidade de Polícia Militar. É preciso que a gente entenda o seguinte: a cidade é grande e a polícia precisa priorizar o atendimento, quem deve ser acudido primeiro, qual cidadão tem mais urgência da viatura”, salientou.
O presidente da Acasp, José Vitor Batista disse que iria encaminhar ofício ao presidente da Câmara, Rodrigo Kaboja pedindo o direto de usar a tribuna livre para responder o parlamentar. Entretanto, Hilton se antecipou e entrou em contato com ele propondo a participação dele na próxima reunião da associação, quarta-feira (21) quando irá se explicar.
