Agentes efetivos que pediam a investigação de Gleidson se surpreenderam ao terem ponto cortado; Prefeitura não cortou ponto dos contratados
Ao receberem os contracheques referentes ao mês de agosto, nesta quarta-feira (6/7), dezenas de agentes comunitários de Saúde (ACS) se surpreenderam. Todos os agentes efetivos, que estiveram na sessão da Câmara Municipal do dia 8 de agosto, que votou o segundo pedido de impeachment do prefeito Gleidson Azevedo (Novo), tiveram o dia cortado. Consequentemente, não receberam pelas as horas que estiveram na câmara.
Por outro lado, os gerentes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), que são cargos comissionados, assim como, os agentes contratados, tiveram as faltas abonadas pelo Executivo. Porém, também participaram da mesma sessão do impeachment. As informações são do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram).
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Conforme o sindicato, a “prefeitura usou dois pesos e duas medidas para tratar de uma mesma falta, configurando-se, mais uma vez, a truculência da atual administração”.
Entenda o Caso
Os agentes acompanharam, no dia 8 de agosto, a votação da adminissilidade da Denúncia de Infração Política-administrativa contra o prefeito. Com isso, entre vários argumentos para pedir o afastamento, o denunciante Jão Martins apontou a renovação dos contratos de 111 agentes de saúde.
Contudo, os vereadores rejeitaram a admissibilidade da denúncia por oito votos contrários que fizeram vistas grossas aos sólidos argumentos apresentados pelo solicitante.
Participação dos agentes
O plenário da Câmara ficou lotado por agentes contratados e efetivos, além de gerentes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os agentes contratados, contra o impeachment, eram maioria absoluta. Portanto, também se ausentaram do trabalho para acompanhar a votação, assim como os efetivos.
“O que aconteceu antes, durante e depois da sessão indica que o atual prefeito fará de tudo para se manter no poder, inclusive utilizando-se de ameaças e chantagens”, afirma o Sintram em seu Portal.
Ainda segundo o sindicato, um áudio gravado por um agente de saúde contratado que circulou nas redes sociais horas antes da votação do impeachment revela que o prefeito exigiu a presença dos contratados para, então, pressionar os vereadores a votarem contra a denúncia.
Informou também, o sindicato, que a líder do prefeito na câmara, a vereadora Ana Paula do Quintino (PSC), determinou a um dos seus assessores, fotografar todos os agentes efetivos.
Para o sindicato, o corte representa “perseguição” aos agentes efetivos.
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Medidas contra pontor cortado dos agentes
O presidente do Sintram Marco Aurélio Gomes já encaminhou um ofício ao secretário municipal de Administração, Thiago Nunes, questionando “a medida discriminatória”.
“Já que pune os agentes efetivos e abona a ausência dos contratados, embora todos tenham cometido a mesma falta”, afirma.
“Primeiro é preciso deixar bem claro que o Sintram não é a favor de privilégios, para evitar a narrativa sempre distorcida do prefeito. Se o servidor se ausentou sem autorização de sua chefia, já sabia que poderia haver consequências. Por outro lado, somos radicalmente contra essa atitude nefasta, de punir uns e privilegiar outros. Se era para cortar as horas não trabalhadas, que o fizesse para todos que estavam naquela sessão. Infelizmente é mais uma daquelas atitudes que confirmam termos uma administração despreparada e contra o servidor efetivo, de modo geral”, disse Marco Aurélio Gomes.
O presidente do Sintram lembrou ainda que desde a implantação do piso nacional como vencimento dos agentes, que essa administração vem se apropriando indebitamente de parte dos salários dos agentes.
“O prefeito se nega a fixar o vencimento dos agentes em dois salários mínimos desde o ano passado, conforme determina a Emenda Constitucional 120 e paga o piso utilizando-se do complemento salarial. Com isso, as progressões de carreira são calculadas sobre pouco mais de R$ 1,6 mil. Será que o prefeito tem noção do prejuízo que está causando a esses servidores?”, questiona o presidente.