Domingos reconhece que será um desafio definir o custeio (Foto: Divulgação)

“Já estava absolutamente claro”, afirmou o deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) sobre o afastamento da presidente, Dilma Rousseff (PT). Ao PORTAL o tucano mostrou-se confiante e deu como certo o impeachment da presidente. Afirmou ser mais fácil conseguir mais votos do que perder algum dos 55 declarados pela admissibilidade do processo. Ressaltou ainda ser “um deputado disposto a ajudar” o governo de Michel Temer (PMDB).

Domingos ainda mencionou o fato do Supremo Tribunal Federal (STF) ter acompanhado até o momento todas as fases do processo e se posicionado contra todas as tentativas de impedir a tramitação no Congresso Nacional.

“A posição do Supremo não tem como ser contestada. Além de ser o tribunal de última instância, ele faz um julgamento sem interferência política, mesmo tendo em sua maioria ministros nomeados pelo Lula e por Dilma”, afirmou.

O tucano voltou a apontar os crimes de responsabilidade fiscal cometidos pela presidente e disse que o impeachment é necessário também devido ao “desgoverno e estado de calamidade do país”. Para ele, a partir de agora é um momento de união para colocar o Brasil “nos trilhos”.

“O Brasil precisa se unir, para que essa nova chance que a democracia está tendo seja aproveitada em benefício dos brasileiros. Para que o país volte a gerar emprego, aquecer economia, para que a gente supere esse volume de dificuldade”, comentou.

“Na medida que há desemprego o cidadão é o primeiro a ser punido. O governo arrecada menos, áreas que já sofrem com falta de investimento, como saúde, vão entrando em calamidade”, complementou.

União

Domingos disse que Temer deve trabalhar para a estabilidade do país (Foto: Divulgação)

Domingos disse que Temer deve trabalhar para a estabilidade do país (Foto: Divulgação)

O deputado já se declarou da base do vice-presidente, Michel Temer. Entre os novos ministros estão nomes indicados pelo PSDB, como o de José Serra (PSDB). Entretanto, ele afirmou que não está disposto a ajudar por “benefício pessoal”, mas para “fazer a mudança que a população precisa”.

“Não poderia me unir a um partido que traiu tudo aquilo que ele pregou. Levou o país a falência. Um partido que não tem uma palavra, gesto de humildade para reconhecer o erro […] Até ontem eu era oposição, não busquei discutir espaço no governo. Hoje sou um deputado disposto a ajudar. Não quero benefício pessoal e nem fazer indicação para favorecer qualquer pessoa. Quero mudança para favorecer a população. Quero mais investimento na saúde, que o governo se comprometa a concluir o hospital de Divinópolis”, argumentou.

Prioridades

Na lista de prioridades para o governo de Temer, ela apontou a reforma previdenciária, a redução de ministérios e cargos comissionados, a revisão da legislação trabalhista e a reforma política.

“A reforma política é imprescindível. Mas, acredito que o presidente só vai poder apresentar ao congresso, depois que ele tiver efetivamente no cargo. Quem ainda precisa acompanhar uma votação no Senado para concluir o processo, não pode entrar numa discussão que inevitavelmente agrada uns e desagrada outros”.

“Precisamos antes de tudo de uma mudança na economia para equilíbrio fiscal no país”, concluiu.