Preocupação é, por exemplo, com festas e grandes aglomerações que descumprem as normas sanitárias

O afrouxamento das normas sanitárias por parte da população pode atrasar o avanço da flexibilização das atividades econômicas de Divinópolis. Eventos clandestinos, festas e grandes aglomerações que descumprem as recomendações para isolamento social. Ações que podem contribuir com o aumento da disseminação da doença e que estão preocupando as entidades.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Luiz Ângelo Gonçalves participou, nesta segunda-feira (27), de uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Amarildo de Sousa.

“Ele afirmou que há a preocupação com o número de leitos de enfermaria que está subindo e com festas e atividades que quebram os decretos”, afirmou Gonçalves.

Ocupação de UTI

Por sua vez o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo balanço apresentado à entidade, permanece estável.

“Com isso nosso risco atual ainda é moderado”, disse Luiz Ângelo.

O boletim desta segunda-feira (27) apontou que 10 leitos de UTI exclusivos para pacientes com quadro clínico compatível com o novo coronavírus foram transferidos para tratamento de outros agravamentos. A repactuação do Estado ocorreu com o Complexo de Saúde São João de Deus após, segundo a prefeitura, a “alta demanda para pacientes não Covid-19”.

A taxa de ocupação de leitos “Covid” era de 32,1% e “não Covid” de 68,1%. Dos 153 disponíveis no município, 74 estão ocupados até o final da tarde de segunda. Já na enfermaria havia 42 pessoas com suspeitas ou confirmação da doença internadas. São 135 leitos clínicos disponíveis.

Avanço da flexibilização

A preocupação das entidades é que a “quebra do decreto” atrase o avanço da flexibilização. Segundo o presidente da CDL, as empresas estão apoiando o trabalho da prefeitura, se adequando às exigências. Cerca de 90 estabelecimentos foram certificados com o selo “Comércio Seguro”.

“Toda atividade que quebra o decreto vai contra esse trabalho, pois aumenta o risco. Quando a prefeitura entende que o comportamento leva a um aumento de risco, cai sim a chance de haver uma flexibilização da atividade econômica. Se houver menos risco, é possível adequar as atividades para uma situação mais próxima do normal”, argumenta.

Houve uma proposta do Grupo Gestor na última semana de ajustar o horário para o comércio, estendendo até às 19h e abrindo aos sábados de 8h30 às 14h.

“Destacamos que o benefício do governo federal já se encerrou. Hoje a empresa paga 44 horas para o funcionário e só pode trabalhar 30 horas. Mais uma vez essa proposta será levada a reunião do Comitê, que analisará”, explicou.

A reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 está prevista para esta terça-feira (28).