Estiveram reunidos, em Brasília, com o diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Sr. Jorge Luiz Macedo Bastos, o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid), Leonardo Santos Gabriel, e o deputado federal Domingos Sávio (PSDB), para buscarem orientação e amparo jurídico referente ao contrato da Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo de Minas e a AB Nascentes das Gerais. A reunião foi nesta terça-feira (05).
Durante a audiência, eles apresentaram todo o gargalo da rodovia e o constante atraso das obras, levando em consideração que apenas 9% da rodovia está duplicada, sendo que o contrato original da concessão previa a duplicação de Divinópolis/Itaúna e outros trechos importantes, além de várias trincheiras, como a do Centro Industrial Coronel Jovelino Rabello, em Divinópolis.
Em mais uma tentativa de sensibilizar o órgão público e manifestar o sentimento de revolta dos usuários da MG- 050, o presidente da Acid reivindicou uma solução quanto à demora nas obras da rodovia MG-050, já que foi assinado o 8º Termo Aditivo (em 22/8/2017), o segundo só neste ano, do contrato da PPP iniciado em 21 de julho 2007.
Para o presidente da Acid, o que se percebe é que, a cada Termo Aditivo, o Estado permite a desobrigação da Nascentes para cumprir o cronograma de obras, como constatado no atraso da ponte do Rio Pará, próximo à Usina Hidrelétrica de Gafanhoto. Essa obra já constava nos inúmeros aditivos anteriores e , segundo ele, certamente já possuía licença ambiental.
A atuação da Acid é a de exigir que as obras da MG-050 sigam rigorosamente o cronograma estabelecido, pois já se passou mais de dez anos de concessão e pouca melhoria é sentida, principalmente para os usuários de Divinópolis, que custeiam a duplicação da rodovia de Mateus Leme/Juatuba a Belo Horizonte e que se veem prejudicados com atrasos de obras e novos Aditivos, sem a perspectiva da duplicação até a capital mineira.
“Além da demora das obras, consequentemente, enfrentamos outros desafios, como a atração de novos investimentos para Divinópolis; a manutenção das empresas já existentes no município; o desenvolvimento do distrito industrial; a geração novos empregos e renda; a qualidade de vida aos bairros do entorno do trevo Icaraí; e a fluidez no trânsito e segurança para todos.”, desabafa Léo Gabriel.
Nesse sentido, a Acid contribui para a defesa dos interesses da população divinopolitana e dos empresários do Centro Industrial, região de extrema relevância para a economia do município por acomodar em torno de 175 empresas responsáveis, em sua maioria, pelo PIB de Divinópolis.
A Acid denunciou o contrato da Nascentes ao Ministério Público, que está em fase de inquérito e investigação.
O próximo passo será uma reunião marcada para esta quarta-feira (7) com a Nascentes e o prefeito de Divinópolis, Galileu Teixeira Machado, em que mais uma vez será debatido o polêmico contrato da PPP. A demora na execução das obras resulta em prejuízos e contribui para uma retração da economia da região, trazendo inúmeros transtornos e prejuízos para a população envolvida, especialmente para o escoamento da produção regional, a atração de novos investimentos e o desenvolvimento econômico de Divinópolis e região.