Em nota, Print Júnior disse que empresários voltaram a negar pagamento de propina a ele contradizendo acusação do prefeito
Nesta quarta-feira, (10/07), ocorreu a audiência de instrução sobre o caso envolvendo os vereadores de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, Rodrigo Kaboja (PSD) e Eduardo Print Júnior (PSDB). O juiz estabeleceu prazos para que ambos, junto ao Ministério Público, apresentem seus pareceres. O caso é desdobramento da Operação Gola Alva.
O Ministério Público tem 30 dias para se manifestar, seguidos de mais 30 dias para a defesa. Dessa forma, a decisão final poderá ocorrer somente após as eleições.
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Diversos vereadores de Divinópolis compareceram à audiência, incluindo Israel da Farmácia, Hilton de Aguiar, Rodyson do Zé Milton e Flávio Marra.
O prefeito Gleidson Azevedo e seus assessores Tales Duque e Gustavo Guimarães prestaram depoimento presencialmente, já Fernando Henrique participou remotamente.
O caso tem origem na Operação Gola Alva, conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais em 25 de maio de 2023. A operação visava desmantelar um esquema de propinas relacionado a mudanças de zoneamento.
Como resultado, a Justiça afastou Kaboja de suas funções. Print Júnior, então presidente da Câmara, também se afastou, culminando em seu afastamento definitivo em outubro de 2023.
Eduardo Print Jr
Em nota, Eduardo Print Jr, afirmou que as testemunhas voltaram a negar a sua participação no esquema de recebimento de propina.
“As testemunhas de acusação voltaram a negar a minha participação na aprovação de projetos da Câmara. Nada de novo na Audiência Judicial. As testemunhas apresentadas pelo Ministério Público confirmaram que não conhecem, não negociaram e nem efetuaram nenhum tipo de pagamento a mim.”
Gleidson Azevedo
Na nota, Print Jr, disse que o prefeito Gleidson Azevedo afirmou que empresários confirmaram pagamentos ao vereador, porém desmentido pelos próprios empresários presentes.
“Primeiro a ser ouvido foi o Prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, que fez as suas acusações, afirmando que os empresários teriam confirmado pagamentos a minha pessoa, contudo, posteriormente ele foi desmentido pelos próprios empresários.”
Eduardo Print Jr, esclarece que o empresário Nicácio Diógenes negou ter pago propina a ele, contradizendo as declarações do prefeito sobre uma gravação feita em um almoço.
“Em uma fala, o prefeito afirmou que o sr. Nicácio Diógenes, em um almoço, onde foi gravado de forma clandestina, teria afirmado positivamente que teria pago propina a mim, contudo o próprio empresário Nicácio, desmentiu o prefeito afirmando que quando ele durante a conversa perguntou sobre o pagamento ao Eduardo, ele negou de pronto.”
Pagamento destinado ao Kaboja
Ainda de acordo com a nota, outros empresários confirmaram que os pagamentos eram destinados ao vereador Kaboja, e não ao Eduardo Print Jr.
“O empresário João Paulo e o empresário Walmir, que afirmam ter deixado dinheiro no “Posto do Print”, categoricamente afirmam que fizeram isso a pedido do Kaboja, e que era para deixar lá para ele, vereador Kaboja, não que se tratava de um pagamento para mim, vereador Eduardo.”
“Apenas ouviram dizer”
Print Jr finaliza a nota dizendo que a acusação não tem provas robustas que o comprometesse ou incriminasse, baseada em “apenas ouviram dizer”
“Mais uma vez ficou claro que a acusação não tem provas robustas. Apenas ouviram dizer, sem apresentar nada, que me comprometesse ou mesmo incriminasse.”
Rodrigo Kaboja
Daniel Cortez, advogado do Kaboja afirmou que as provas são ilegais e que não exitem provas e nem materialidade do pagamento de propina ao Rodrigo Kaboja e que está esperançoso pela anualidade de todas provas por serem gravações ilegais e na absolvição do vereador Rodrigo Kaboja.